quarta-feira, 8 de junho de 2011

Somos o que comemos - Antropologia da alimentação - Grupo 1

A preocupação com o corpo em forma, o esforço para se evitar doenças através de uma alimentação balanceada ou mesmo o prazer de se comer bem vem sendo posto em segundo plano em nome da qualidade de vida. Segundo a coordenadora de nutrição da Universidade Anhembi Morumbi, Maria Helena Villar, a preocupação com a qualidade da alimentação, visando prevenir e melhorar a saúde das pessoas, colocou o especialista em nutrição clínica entre os profissionais mais procurados. Tudo isso descreve a forma como atualmente se configura a nossa relação com a comida: o aspecto nutricional tem prevalecido em nossa alimentação.
Entende-se por alimentação, como um processo biológico e cultural que se traduz na escolha, preparação e consumo de um ou vários alimentos. Já nutrição é o estado fisiológico que resulta do consumo e da utilização biológica de energia e nutrientes em nível celular. Essa associação entre alimentação e nutrição pode ser percebida no documentário Super size me, de Morgan Spurlock, 2004. O documentário mostra os efeitos de uma alimentação restrita a base de produtos do McDonald's durante 30 dias. O filme documenta os efeitos deste estilo de vida na saúde física e psicológica, e explora a influência das indústrias da comida rápida. Se essa relação estreita entre alimentação e nutrição é uma característica marcante da nossa sociedade, não se pode esquecer que comportamentos relativos à comida não são condicionados apenas pelo seu valor nutricional. O comportamento em relação à comida revela a cultura em que cada um está inserido.
Antigamente as refeições tinham sinônimo de reunião familiar, onde havia o sentimento de união e respeito ao redor da mesa. A própria construção etimológica da palavra “comemorar” (comer – orar), explicita a significação da mesa como local central da vida familiar luso-brasileira. Hoje em dia, esses hábitos não vêm sendo seguidos pelas famílias devido a um crescente processo de industrialização, onde a falta de tempo para o preparo das refeições prevalece.
            Alguns fatores foram determinantes para a mudança dos hábitos alimentares, além do processo de industrialização, o ingresso da mulher no mercado de trabalho contribuiu para uma grande mudança nos padrões alimentares da população, que por sua vez não estão relacionados a hábitos de vida saudáveis. Com essa mudança as refeições tradicionais foram sendo substituídas por refeições que proporcionam maior praticidade e rapidez, como os junk-food’s.

Referências:

http://www.oei.es/divulgacioncientifica/reportajes_006.htm

Grupo 1: Marisa Konzen, Vinícius Finger(moderador).

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