quarta-feira, 29 de junho de 2011

Crianças que não tem infância

Visão sobre o documentário “ A invenção da infância”
 Criança e infância parecem sinônimos. E assim deveria ser. Mas, infelizmente, não é... Na realidade, o que entendemos por infância é um conceito de felicidade, surgido num período de, crescimento, confiança, crença na humanidade e em suas possibilidades.
E o que seria esta infância senão o momento em que nossos meninos e meninas cresceriam brincando, aprendendo, convivendo, partilhando, rindo e chorando? Pois era esta concepção que surgia. As crianças poderiam inventar brincadeiras e brinquedos, teriam tempo para conhecer os livros e as histórias mais incríveis, correriam livres pelos campos e ruas a chutar lata ou o que encontrassem pela frente...
Mas mesmo assim a realidade em inúmeros casos se mantém afastada daquilo que se prevê no papel. O preto no branco não garante a infância para todas as crianças. Ainda é grande a quantidade de infantes que não freqüenta escolas. Também é enorme a quantidade de menores que ao invés de brincarem tem que trabalhar nos campos, nas oficinas, no comércio...
Todos nós sabemos que em países que são realmente desenvolvidos, as crianças não perdem sua infância trabalhando. E é exatamente por isso que sabemos que o Brasil ainda não é um país desenvolvido.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que existam, nos países em desenvolvimento, 250 milhões de crianças trabalhadoras de 5 a 14 anos. Acredita-se que 61% delas se encontrem na Ásia, 32% na África e 7% na América Latina.
Infelizmente no nosso país muitas crianças perdem sua infância, pois, não estudam, não brincam, não praticam esportes e não fazem o que uma criança deveria fazer - se divertir.
            Isso muitas vezes acontece porque a família não tem dinheiro para se sustentar, e utilizam os filhos para trabalhar e ganhar mais um pouco de dinheiro, ou porque a criança mora muito longe e não tem como se locomover até a unidade escolar. Aa realidade em que eles vivem não os permite usufruir de algo melhor, e acredito também que haja um pouco de cultura nisso. 
Um ponto muito negativo disso tudo, é que com o passar do tempo algumas famílias já passaram a encarar o trabalho infantil como sendo da cultura dela, pois, quando eram crianças, eles também perderam sua infância trabalhando. Quem contrata uma criança para trabalhar sempre sai lucrando em questões financeiras. É um trabalho escravo, como se fosse camuflado, disfarçado, tentando enganar a sociedade. Isso se dá, porque as crianças trabalham duro e não recebem quase nada por seu trabalho.
            A verdade é que o trabalhador infantil de hoje, amanhã será o trabalhador escravo, porque, se ele aceita perder sua infância, que é a melhor fase da vida da pessoa, é claro que o resto da vida dele, ele também vai trabalhar feito um “jumento” e não vai ganhar nada. Quem sabe se essa pessoa tiver sorte, ela irá trabalhar numa carvoaria e receber menos de um salário mínimo.
O combate ao trabalho infantil incomoda a quem lucra com o trabalho infantil, a quem lucra com o trabalho escravo e a quem lucra com o trabalho degradante. Isso se dá, porque todos esses tipos de trabalhos humilhantes e vergonhosos, tem muito em comum. Quem trabalha, trabalha muito e não ganha nada.
Sem contar que esses tipos de trabalho infantil expõem dezenas de milhões de crianças a sérios perigos, que talvez decorram da natureza do serviço ou de péssimas condições de trabalho. Trabalhadores infanto-juvenis tendem a sofrer mais acidentes de trabalho do que os adultos, porque a anatomia duma criança é diferente da de um adulto. O serviço pesado pode facilmente deformar a coluna ou a pélvis. Também, as crianças sofrem mais do que os adultos quando são expostas a substâncias químicas perigosas ou à radiação. Além disso, elas não estão fisicamente aptas para muitas horas de trabalho estrênuo e monótono, a que muitas vezes estão sujeitas. Em geral, elas não têm noção dos perigos e sabem pouco sobre as precauções a tomar.
Graves também são os efeitos do trabalho infantil sobre o desenvolvimento psicológico, emocional e intelectual das vítimas. Tais crianças não recebem afeto. Surras, insultos, ficar sem comer como castigo e abusos sexuais são muito comuns. Segundo um estudo, a maioria das crianças trabalhadoras abandonou a escola. Observou-se também que longas jornadas de trabalho podem dificultar a aprendizagem das crianças.
Portanto, já esta mais do que na hora de alguém ou alguma autoridade faça alguma coisa para salvar a infância das crianças do nosso Brasil. Só depois disso alguém pode falar que o Brasil está começando a se tornar um país desenvolvido.
Fonte ajuda: Artigos.com
                     WWW.planetaeducacao.com.br

Grupo 3: Mariele Garcia (Moderadora), Vânia Soares, Vívian Porto e Fábio Felício
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