quarta-feira, 6 de julho de 2011

DE QUILOMBOS E QUILOMBOLAS...

DE QUILOMBOS E QUILOMBOLAS...
 
A escravidão de africanos nas Americas, através do tráfico pelo Atlantico foi um dos grandes empreendimentos comerciais e culturais que marcaram a formação do mundo moderno. Estima-se que para o Brasil vieram cerca de 40% desses escravos. Porém, escravidão e resistência passaram a andar lado a lado. E ouve um tipo de resistência considerado o mais típico – as fugas e a formação de grupos de escravos fugidos. Essas fugas nem sempre levavam a formação de grupos, mas quando isso acontecia, recebia diferentes nomes: na América Espanhola de palenques e cumbes;na inglesa marrons; na francesagrand marronage; e no Brasil eram chamados de quilombos e mocambos, sendo o principal o Palmares e seus membros quilombolas, calhambolas e mocambeiros.
Diversos poetas escreveram sobre Escravidão, Tráfico de Escravos e sobre os Quilombos e seus quilambolas, dentre eles se destacando Castro Alves (1847 – 1871), o poeta dos escravos, como ficou conhecido por se diferenciar dos demais escritores românticos de sua época com suas obras  marcadas pela poesia de caráter social, em que se comprometia com um mundo mais justo e foi considerado um porta-voz da causa abolicionista. No poema  “Saudação a Palmares”, Castro Alves retrata a vida no quilombo,  remetendo à memória do famoso quilombo dos Palmares, símbolo da resistência escrava, localizado em Alagoas e destruído em 1695.” Coragem ("Senhores! Eis-me de fronte!"), sensualidade ("Eu canto a beleza tua,/Caçadora seminua!...") e honra ("Crioula! o teu seio escuro/Nunca deste ao beijo impuro!") são alguns dos atributos positivos que o poeta localiza nos africanos revoltos. O texto combate o mito da passividade e da submissão do escravo frente ao senhor branco.”( Projeto memória)

Nos altos cerros erguido 
Ninho dáguias atrevido,
 
Salve! - País do bandido!
 
Salve! - Pátria do jaguar!
 
Verde serra onde os palmares
 
- Como indianos cocares -
 
No azul dos colúmbios ares
 
Desfraldam-se em mole arfar! ...
...
Palmares! a ti meu grito! 
A ti, barca de granito,
 
Que no soçobro infinito
 
Abriste a vela ao trovão.
 
E provocaste a rajada,
 
Solta a flâmula agitada
 
Aos uivos da marujada
 
Nas ondas da escravidão!
De bravos soberbo estádio, 
Das liberdades paládio,
 
Pegaste o punho do gládio,
 
E olhaste rindo pra o val:
 
Descei de cada horizonte...
 
Senhores! Eis-me de fronte!
 
E riste... O riso de um monte!
 
E a ironia... de um chacal!...
Cantem Eunucos devassos 
Dos reis os marmóreos paços;
 
E beijem os férreos laços,
 
Que não ousam sacudir ...
 
Eu canto a beleza tua,
 
Caçadora seminua!...
 
Em cuja perna flutua
 
Ruiva a pele de um tapir.
Crioula! o teu seio escuro 
Nunca deste ao beijo impuro!
 
Luzidio, firme, duro,
 
Guardaste pra um nobre amor.
 
Negra Diana selvagem,
 
Que escutas sob a ramagem
 
As vozes - que traz a aragem
 
Do teu rijo caçador! ...
Salve, Amazona guerreira! 
Que nas rochas da clareira,
 
- Aos urros da cachoeira -
 
Sabes bater e lutar...
 
Salve! - nos cerros erguido -
 
Ninho, onde em sono atrevido,
 
Dorme o condor... e o bandido!...
 
A liberdade... e o jaguar!
 
A Duas Flores
...
Unidas... Ai quem pudera 
Numa eterna primavera
 
Viver, qual vive esta flor.
 
Juntar as rodas da vida,
 
Na rama verde e florida,
 
Na verde rama do amor!
Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil  -  João José Reis,Flávio dos Santos GomeS


Componentes: Julia Ipê, Larissa, Cassio, Jullian e Lucas Kist

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Antropologia do Consumo

Todos nós em geral gostamos de fazer compras. Sentimo-nos merecedores dos presentes que nos damos. Mas, quando estamos angustiados, insatisfeitos ou nervosos, muitas vezes saímos para fazer compras dando uma sensação de alívio.  

E nesse caso perdemos o senso crítico e agimos por compulsão. Passado o instante da compra e o sabor da novidade, voltamos à estaca zero da insatisfação. É que a compulsão de comprar serviu apenas de paliativo e nos desviou momentaneamente a atenção dos nossos verdadeiros problemas, da verdadeira causa de nossa insatisfação.

Mas existem pessoas que vivem permanentemente em estado de compulsão consumista. Elas compram por comprar e estão sempre indo atrás de novidades. Sentem-se felizes fazendo compras. Mas invariavelmente se cansam das aquisições e partem para outras, como se sofressem de uma espécie de vício.
O consumismo tem origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas que juntas levam as pessoas a gastarem o que podem e o que não podem com a necessidade de suprir a indiferença social, a falta de recursos financeiros, a baixa autoestima, a perturbação emocional e outros.
É compulsivo, descontrolado e que se deixa influenciar pelo marketing das empresas que comercializam tais produtos e serviços.
O mundo hoje gira em torno do consumismo. O maior desejo das pessoas, influenciadas pelos veículos de comunicação de massa, está em obter bens; seja uma roupa, carro ou, até mesmo, uma viagem. O importante é ter. A moda agora é  ter o máximo que conseguir. Dessa forma, será bem visto pela sociedade e não será excluído jamais, desde que continue seguindo às regras de consumo. Isso o tornará uma pessoa em evidência? Não, você apenas será mais um na multidão, como outro qualquer. 

Grupo 5: Júlia, Larissa, Lucas, Julian, Cássio.

Infância para todos

Infância é um direito de todos, mas nem sempre ela faz parte da realidade de todas as crianças.
No documentário “A invenção da Infância” mostra a realidade  contrastante de crianças de classe média alta e crianças pobres.
Crianças de periferia têm de trabalhar para o sustento da família e mesmo assim ainda se consideram crianças com sonhos de brincar e levar uma vida melhor. Já, as meninas de classe média alta que estão sempre cheia de compromissos com aula de inglês, natação e etc. não se identificam mais como crianças, pois acreditam que elas têm muitas responsabilidades.
O trabalho infantil é uma realidade triste que rodeia grande parte da população. Toda criança tem o direito de brincar e fazer coisas referentes à sua idade, pois a infância é uma fase muito importante para a desenvoltura de um indivíduo como pessoa.


Grupo 5: Larissa, Júlia, Lucas, Julian, Cássio.

Narradores de Javé

Antônio Biá é um mau-caráter. Trabalhava no posto dos Correios do povoado Javé. O posto ia fechar porque o movimento era pequeno. Para não perder o emprego, Biá inventou de escrever carta para todos os seus conhecidos em outros povoados e cidades. Difamou a todos de Javé. Foi expulso do povoado e passou a morar isolado de todos. Mas o povo de Javé precisou de Antônio Biá. Trouxe-o de volta. Ele era o único que poderia salvar Javé de uma inundação anunciada a todos e ninguém podia fazer nada. Como salvar o povoado? Escrevendo sua história. Biá sabia escrever e a ele foi confiada a tarefa de registrar as memórias de Javé para que as autoridades reconhecessem o povoado como patrimônio histórico e o poupasse da inundação. 
Narradores de Javé é um filme surpreendente. Surpreendente não pelo fato de contar uma história de um povo ameaçado pelo poder das águas de uma represa. Mas pelo fato de criticar com bom humor os problemas sociais que assolam a classe menos favorecida.
O enredo de Narradores de Javé se parece com a vida real. Javé pode ser qualquer muncípio brasileiro.Biá tinha o poder nas mãos porque sabia escrever. O povo depositou sua confiança em Biá. Ele prometeu, enrolou e não cumpriu com o combinado: escrever as memórias de Javé. Biá pode ser visto como as autoridades municipais brasileiras que têm um histórico nada agradável.
Mas, por outro lado, pode-se analisar este fato por outro prisma. Biá não escreveu a história de Javé porque Javé não tinha memórias. A comunidade javélica, essas eram as palavras de Biá, era um povo semi-analfabeto. Um povo que não sabia reivindicar seus direitos. Um povo que mal sabia escrever o próprio nome. Um povo sem instrução. 
Um leitor perspicaz pode deduzir que o filme Narradores de Javé é uma crítica social. E pode também compreender que o maior mal de Javé era a falta de educação. Javé representa o Brasil porque seu povo não conhecia educação de qualidade. Educação de qualidade no Brasil é privilégio de uma minoria, da minoria que pode pagar uma escola particular, que pode mandar o filho para estudar no exterior.
E as águas vieram. Inundaram Javé e com Javé foram inundadas suas memórias. Sua história não pode ser escrita porque um povo analfabeto é um povo que não consegue formular ideias, não tem poder de argumentação. É facilmente vencido pelo poder dos que sabem mais. Os narradores de Javé não conseguiam narrar sua história porque não sabiam organizar suas ideias. Cada um queria contar uma história á sua maneira. Cada um queria ser mais importante e o único descendente do fundador de Javé.
Javé tem a cara do Brasil e o Brasil terá a cara de Javé se nada for feito para mudar a realidade. É preciso entender que uma sociedade livre, justa e solidária, como prega a Constituição, só pode ser construída com homens e livros; com uma educação de qualidade.


Grupo 5: Cássio, Lucas, Larissa, Júlia, Julian

Grupo 7 *****Sagrado x Profano*****

Sagrado x Profano


Sagrado versus Profano

Como em todas as culturas do mundo, há no Brasil aspectos culturais favoráveis e
desfavoráveis a uma adoração e louvor que exalte o nome do Senhor. Isto é ainda mais
complicado, quando certos aspectos expressivos da cultura são amalgamados ou
misturados ao contexto religioso, sendo tachados de sagrados quando agradam, mas
profano quando não satisfazem.

Há muito tempo que se discute sobre o sagrado e o profano. Não é diferente, hoje em
dia, com a música de louvor e adoração na Igreja. Muitas músicas cristãs são
tachadas de profanas por não terem o nome de Deus, ou, "mundanas" por falarem de
virtudes cristãs, como ao amor, sem mencionar o nome de Jesus. Parece que os crentes
esquecem-se que o livro de Ester, apesar de não mencionar o nome de Deus nem uma só
vez, apresenta um conteúdo que revela a providencial soberania Divina.

Também, os ritmos que caracterizam os estilos musicais, geram conflitos e polêmicas
quanto a considerar sacro ou profano alguns cânticos evangélicos. De fato, reconheço
não ser fácil lidar com nenhum desses exemplos apresentados e outros que porventura
existam, afinal, que tipos de critérios usados poderiam ser perfeitamente divinais
para seleção ou classificação de uma música profana e de outra sacra? Será que é tão
simples assim afirmar que uma música é sacra e outra não, quando sabemos que o
criador da música em si foi o próprio Deus? Será que o problema na realidade não
está nas motivações? Creio, que são questões dignas de uma reflexão acurada e
honesta, de acordo com as situações a fim que não se estabeleça juízos indevidos e
equivocados, típico dos que se acham únicos donos da verdade. A Bíblia é sim regra
de fé e prática bem como a única verdade revelada de Deus, mas será que isso se
aplica também as opiniões preconceituosas de alguns? Tenho a impressão que não.

Na verdade, penso que em se tratando de sagrado e profano, somente Deus tem
autoridade para considerar realmente sacra ou profana as músicas cristãs executadas
como louvor na Igreja. Segundo um dos salmistas, é Deus quem conhece os intentos
mais profundos da alma, que sonda e esquadrinha o coração humano e, sob este
critério perfeito, aceita ou rejeita louvores que lhe são oferecidos na Igreja. O
exemplo disso tem os cultos de Caim e Abel, onde um foi rejeitado por Deus por ser
considerado profano por não ter sido fruto de um coração puro e retamente
intencionado enquanto o outro foi aceito diante Deus por ter sido aprovado diante do
crivo e sonda daquEle que tudo conhece.

Deste modo, o único critério que nos resta, como ministros de Deus, é o de que as
músicas, cânticos ou louvores não podem contrariar nem ferir a mensagem do
evangelho. Porém, no que tange a outros fatores aqui já mencionados, vale a máxima
de que todos os estilos ou formas musicais são apropriados para o louvor e adoração
a Deus. Contudo, o bom senso pede que os ministros de Deus aqui na terra, considerem
os aspectos culturais no qual estão inseridos. Isto é, o desafio do equilíbrio. 




O Místico, O Sagrado E O Profano... Boêmios Exalta O Folclore Brasileiro Boêmios de
Inhaúma
Os braços e Oxalá regendo a terra e o mar
Com sincretismo no folclore popular
O místico o sagrado e o profano
A Boêmios abre o pano
E faz o nosso povo delirar
Nesta festa do divino
A cultura portuguesa encontrei
Pombas, fogos e águas
Simbolizando o sagrado pro Rei
Com Bumba - meu - Boi comemorar
E as três etnias festejar
Nesta avenida eu quero é mais dançar

Maracatu, Maculelê e Carvalhada
Bumba - meu - Boi meu Boi Bumba tem Marujada
Filho de Caboclo o negro é rei nas batucadas

Hoje folias de reis vão relembrar
A visita a Belém e exaltar
Ao menino Jesus
E na festa de Iemanjá
A protetora vamos corar
Pentes, perfumes e flores
Refletem amores no seu caminhar
Tem na Bahia a lavagem do Bonfim
Lá em Olinda o frevo é popular

Bate forte bateria é carnaval
Tem festança no terreiro
O ano inteiro
Viva o folclore brasileiro 

 



Crianças que não tem infância

Visão sobre o documentário “ A invenção da infância”
 Criança e infância parecem sinônimos. E assim deveria ser. Mas, infelizmente, não é... Na realidade, o que entendemos por infância é um conceito de felicidade, surgido num período de, crescimento, confiança, crença na humanidade e em suas possibilidades.
E o que seria esta infância senão o momento em que nossos meninos e meninas cresceriam brincando, aprendendo, convivendo, partilhando, rindo e chorando? Pois era esta concepção que surgia. As crianças poderiam inventar brincadeiras e brinquedos, teriam tempo para conhecer os livros e as histórias mais incríveis, correriam livres pelos campos e ruas a chutar lata ou o que encontrassem pela frente...
Mas mesmo assim a realidade em inúmeros casos se mantém afastada daquilo que se prevê no papel. O preto no branco não garante a infância para todas as crianças. Ainda é grande a quantidade de infantes que não freqüenta escolas. Também é enorme a quantidade de menores que ao invés de brincarem tem que trabalhar nos campos, nas oficinas, no comércio...
Todos nós sabemos que em países que são realmente desenvolvidos, as crianças não perdem sua infância trabalhando. E é exatamente por isso que sabemos que o Brasil ainda não é um país desenvolvido.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que existam, nos países em desenvolvimento, 250 milhões de crianças trabalhadoras de 5 a 14 anos. Acredita-se que 61% delas se encontrem na Ásia, 32% na África e 7% na América Latina.
Infelizmente no nosso país muitas crianças perdem sua infância, pois, não estudam, não brincam, não praticam esportes e não fazem o que uma criança deveria fazer - se divertir.
            Isso muitas vezes acontece porque a família não tem dinheiro para se sustentar, e utilizam os filhos para trabalhar e ganhar mais um pouco de dinheiro, ou porque a criança mora muito longe e não tem como se locomover até a unidade escolar. Aa realidade em que eles vivem não os permite usufruir de algo melhor, e acredito também que haja um pouco de cultura nisso. 
Um ponto muito negativo disso tudo, é que com o passar do tempo algumas famílias já passaram a encarar o trabalho infantil como sendo da cultura dela, pois, quando eram crianças, eles também perderam sua infância trabalhando. Quem contrata uma criança para trabalhar sempre sai lucrando em questões financeiras. É um trabalho escravo, como se fosse camuflado, disfarçado, tentando enganar a sociedade. Isso se dá, porque as crianças trabalham duro e não recebem quase nada por seu trabalho.
            A verdade é que o trabalhador infantil de hoje, amanhã será o trabalhador escravo, porque, se ele aceita perder sua infância, que é a melhor fase da vida da pessoa, é claro que o resto da vida dele, ele também vai trabalhar feito um “jumento” e não vai ganhar nada. Quem sabe se essa pessoa tiver sorte, ela irá trabalhar numa carvoaria e receber menos de um salário mínimo.
O combate ao trabalho infantil incomoda a quem lucra com o trabalho infantil, a quem lucra com o trabalho escravo e a quem lucra com o trabalho degradante. Isso se dá, porque todos esses tipos de trabalhos humilhantes e vergonhosos, tem muito em comum. Quem trabalha, trabalha muito e não ganha nada.
Sem contar que esses tipos de trabalho infantil expõem dezenas de milhões de crianças a sérios perigos, que talvez decorram da natureza do serviço ou de péssimas condições de trabalho. Trabalhadores infanto-juvenis tendem a sofrer mais acidentes de trabalho do que os adultos, porque a anatomia duma criança é diferente da de um adulto. O serviço pesado pode facilmente deformar a coluna ou a pélvis. Também, as crianças sofrem mais do que os adultos quando são expostas a substâncias químicas perigosas ou à radiação. Além disso, elas não estão fisicamente aptas para muitas horas de trabalho estrênuo e monótono, a que muitas vezes estão sujeitas. Em geral, elas não têm noção dos perigos e sabem pouco sobre as precauções a tomar.
Graves também são os efeitos do trabalho infantil sobre o desenvolvimento psicológico, emocional e intelectual das vítimas. Tais crianças não recebem afeto. Surras, insultos, ficar sem comer como castigo e abusos sexuais são muito comuns. Segundo um estudo, a maioria das crianças trabalhadoras abandonou a escola. Observou-se também que longas jornadas de trabalho podem dificultar a aprendizagem das crianças.
Portanto, já esta mais do que na hora de alguém ou alguma autoridade faça alguma coisa para salvar a infância das crianças do nosso Brasil. Só depois disso alguém pode falar que o Brasil está começando a se tornar um país desenvolvido.
Fonte ajuda: Artigos.com
                     WWW.planetaeducacao.com.br

Grupo 3: Mariele Garcia (Moderadora), Vânia Soares, Vívian Porto e Fábio Felício
*        

MORADORES DE RUA

Depois de assistirmos o documentário sobre moradores de rua, decidimos procurar dados sobre a nossa realidade aqui sul. Achamos uma reportagem divulgada no jornal Zero Hora em 29 de maio de 2008, e achamos interessante compartilhá-la.

Mais de 80% dos moradores de rua de Porto Alegre são homens

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) mostrou que Porto Alegre tem 1.203 moradores de rua. Desse total, 81,8% são do sexo masculino. O Estudo do Mundo da População Adulta em Situação de Rua de Porto Alegre, realizado pelo Laboratório de Observação Social (Labors), teve como objetivo recensear esta população, mapear os locais onde vive.Outros dados mostram que 71,8% dos moradores de rua da Capital têm até 44 anos e 46,4% têm como escolaridade o ensino fundamental incompleto (confira outros dados abaixo).
O conjunto dos dados empíricos obtidos está organizado em um banco de dados que pode proporcionar a elaboração de novas pesquisas sobre o tema e o cruzamento entre variáveis das diversas questões abordadas, subsidiando ações da prefeitura. Ao cadastrar as pessoas adultas em situação de rua em Porto Alegre, o estudo definiu esta população como todas as pessoas que se encontrassem em abrigos e albergues destinados ao acolhimento ou abrigo temporário, assim como aqueles que se encontrassem em atividades de perambulação pelas ruas ou que dissessem fazer da rua seu local de existência e habitação, mesmo que temporariamente e identificar seus dados étnicos, sócio-econômicos. Quanto aos motivos de ida para as ruas, a grande maioria dos entrevistados (41,1%) atribui sua situação a rupturas familiares – por maus tratos, desavenças, rejeições, falta de apoio, ameaças, abandono, por separação ou morte. Incluindo nesse tipo de justificativa problemas com bebidas alcoólicas, drogas ou tráfico na família, o percentual seria acrescido de 3,2%, chegando a um total de 44,3%. A segunda razão mais referida, com um total de 22,8%, é a carência de condições materiais e financeiras, notadamente relativas ao desemprego e à busca de trabalho ou de alguma forma de renda ou auxílio (16,3%), seguida da perda da moradia (6,5%). O consumo de álcool, drogas ou fumo por parte do entrevistado aparece em terceiro lugar, com 12,1% das razões citadas e culturais.
Outros dados
Idade
71,8% têm até 44 anos

Escolaridade
46,4% cursaram o Ensino Fundamental Incompleto

Utilização de abrigos
60% dormem lugares de risco ou improvisados
35% dormem em abrigos e albergues

Sustento
29,1% têm ganho mensal de até meio salário mínimo

Fonte de renda
22,9% pelo recolhimento de material na rua
15% por meio de esmola
12,3% pela guarda e lavagem de carros

Alimentação
34,6% recebe doações em residências, restaurantes ou nas ruas

Grupo 3: Mariele Garcia (Moderadora), Vânia Soares, Vívian Porto e Fábio Felício


Narradores de Javé


O filme é um obra de ficção mas bem poderia relatar a história de milhares de pessoas. São individuos sem identidade, sem pátria, anônimos e desconhecidos pela nação onde vivem. Quantas comunidades de Javé existem pelo mundo a fora? E nós, não somos também como aqueles personagens?


A identidade de um povo deve ser construida desde os primordios de civilização. A exemplo do filme onde toda uma comunidade é destruída simplesmente por não exister perante os olhos da do mundo.Devemos ter consciencia de que perante o mundo permanecemos no anonimato, no entato na comunidade devemos sair do comodismo e deixar de ser mais um integrante para tornar-se cidadão com direitos e deveres.


Isso é fundamental para nós, futuros comunicadores, estabelecer uma relação de existência da comunidade onde estamos inseridos. É um crescimento mútuo, onde a localidade passa a existir num contexto maior de mundo, que vai além do local e para o profissional é o reconhecimento de um trabalho prestado.Todos nós temos um pouco do mensageiro do filme, as qualidades e os defeitos, temos ambições mas podemos convertê-las em prestação de serviço em prol da comunidade.

Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli

Etnia e sua classificações

A etnia pode ser classificada em dois fatores:


Língua etnia: a língua que tem sido muitas vezes utilizada como fator primário de classificação dos grupos étnicos, embora sem dúvida não isenta de manipulação política ou erro. É preciso destacar também que existe grande número de línguas multi-étnicas e determinadas etnias são multi-língues.

Cultura etnia: A delimitação cultural de um grupo étnico, com respeito aos grupos culturais de fronteira, se faz dificultosa para o etnólogo, em especial no tocante a grupos humanos altamente comunicados com seus grupos vizinhos. Elie Kedourie é talvez o autor que mais tenha aprofundado a análise das diferenças entre etnias e culturas.

Portugal é um exemplo. Os portugueses, hoje, são muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo. Sua língua e cultura são peculiares.

Abaixo um vídeo que retrata a sociedade portuguesa ao longo dos anos.









Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli

Toda criança tem o direito de brincar!

Toda criança tem direito a brincar. Quando as crianças brincam, conhecem a si mesmas a aos outros. Descobrem o mundo e exercitam novas habilidades. Criam vinculo. Elaboram saídas para as situações de conflito, aumentando assim, a auto-estima. Tornam-se mais avançadas em desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo. Compartilham mais, são menos agressivas e tem relacionamentos mais seguros com suas famílias. Infelizmente, na vida moderna, a brincadeira esta virando artigo escasso. Não faz o menor sentido a gente encher os filhos de cursos de inglês, francês, alemão, japonês, computação...querendo que eles sejam bem sucedidos no futuro se eles não tiverem tempo para brincar. Brincar e sinônimo de infância! Nunca conseguiremos criar homens sensatos se antes não criarmos moleques! Quem brinca agora aprende a encontrar soluções criativas no trabalho, nos relacionamentos, na vida...Mais do que matricular os filhos em cursos disso ou daquilo, deixe-os brincar!

Infância Perdida
A infância tem direito a cuidados e assistência especiais. É isto que defende o preâmbulo da Convenção sobre os Direitos da Criança e é este ponto que está longe de se tornar uma realidade.
De acordo com um recente relatório publicado pela UNICEF, estima-se que em todo o mundo, cerca de 247 milhões de crianças sejam privadas de uma infância de liberdade, de inocência e de brincadeiras, sendo obrigadas a trabalhar. Estas crianças têm a sua infância perdida. Cerca de 73% (180 milhões) destas  estão envolvidas nas piores e mais perigosas formas de trabalho, nas minas e com maquinaria. Dentre estas cerca de 6 milhões são escravizadas, e 2 milhões são forçadas a prostituírem-se.
Estamos aqui a falar de crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 17 anos que, além de serem privadas do acesso à educação, são também vítimas de maus-tratos físicos e psicológicos e de abusos por parte dos seus supervisores.
Em Portugal, o número de crianças vítimas de exploração de trabalho infantil ronda os 50 000.
É verdade que em alguns casos são os menores que optam por trabalhar por não quererem continuar os seus estudos ou para ajudarem a economia das suas famílias, contudo, são muitas mais as crianças que são obrigadas a trabalhar. Cabe, por isso, aos governos dos vários países agilizar os meios que serão necessários para colocar um travão neste flagelo mundial. Nesta tarefa terão um papel igualmente preponderante os pais, os lideres comunitários, os sectores privados, a sociedade em geral. Tudo isto para que as crianças tenham o direito de serem crianças."
Grupo Eduardo Mesquita (Moderador), Gustavo Gerhard e Diego Dettenborn

Etnicidade

Conceito de Etnicidade

Etnicidade é o termo usado para designar as características culturais que ligam um grupo particular de pessoas, ou grupos, internamente. Algumas vezes etnicidade é usado incorretamente para referir-se a uma minoria ou a uma raça.
Embora não possam ser considerados como iguais, o conceito de raça é associado ao de etnia. A diferença reside no fato de que etnia também compreende os fatores culturais, como a nacionalidade, a afiliacão tribal, a Religião, a língua e as tradições, enquanto raça compreende apenas os fatores morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura e traço facial.

Saúde da População negra no Brasil

Na década de 80, o movimento de mulheres negras tornou visível os problemas relativos à vida sexual e reprodutiva que atingem especificamente as mulheres negras no Brasil. Juntamente com o movimento negro, demonstrou a exclusão dos direitos e cidadania da população negra no país, afirmando que os negros são pobres sobretudo porque são negros.
As desigualdades sociais vivenciadas por essa população são expressas em seus corpos e na qualidade e quantidade de serviços sociais públicos a que têm acesso. Tais constatações corroboram a idéia de desigualdade social, presente nas produções teóricas e intervenções políticas neste campo, catalisam e sistematizam as reivindicações da população negra na área da saúde, publicizando essa especificidade nas esferas nacional e internacional.
A importância do quesito cor no Sistema de Informação de Saúde deve-se, então, à constatação de que, apesar de a população auto-declarada afro-descendente representar 44% da população brasileira, segundo dados censitários, poucas informações sobre seu bem-estar e saúde pode ser reunida. É interessante ressaltar que, tendo em vista uma compreensão que não estabelece uma relação de causalidade entre o quesito cor e o surgimento de doenças, essa informação, acredita-se, pode dar significativas indicações sobre as condições de vida e saúde da população negra.
A importância do quesito cor tem sido, a despeito das dificuldades de coleta, uma reivindicação do movimento negro, para que se possa conhecer melhor os aspetos de vida e saúde da população negra, além de exigir o reconhecimento social e político desta parcela da população.

Grupo Eduardo Mesquita (Moderador), Gustavo Gerhard e Diego Dettenborn

Diversidade Sexual: Existe??

Diversidade Sexual é o termo usado para designar as várias formas de expressão da sexualidade humana. Diferenças sexuais, ou seja gostos diferentes, tem gente que gosta de chuchu, outros que gostam de frio e até outros que gostam de RESTART, nessa mesma linha  tem homens que gostam de homens, outros que gostam de travestis, outros de mulheres, outros de lésbicas, e vice e versa para todas as condições.

De qualquer forma é fato que muita coisa mudou..que já não existe certo ou errado e que aquela história de “que o homem nasceu para mulher, Adão e Eva e blá blá blá, já não serve mais como parâmetro. Dependendo o ponto de vista, podemos chamar de evolução ou de retrocesso, mas acima de tudo não podemos esquecer que cada indivíduo tem o direito de ser e fazer o que quiser, salvo que nossa liberdade acaba onde começa o direito do outro. O respeito à diversidade e à livre orientação sexual deve ser o norte de toda essa ação, mas não podemos  vulgarizar este assunto.A questão não é aceitar ou não aceitar. Ninguém pergunta a orientação sexual dos cidadãos no momento da declaração do Imposto de Renda. Se  são cidadãos em seus deveres, devem ser da mesma forma em  seus direitos, sem distinções, mas vale lembrar que respeito deve ser a palavra chave pois ainda para muitos  o diferente não pode  se tornar o comum da noite para o dia.

É fato também que, duas pessoas do mesmo sexo estarem juntas ainda é atípico, aos olhos de muitos, afinal  nem sempre foi assim.Ou lembram-se de a dez anos atrás irem a um restaurante e verem duas mulheres juntas, trocando carinhos??Ou então irem a um jogo de futebol e lá encontrarem dois rapazes de mãos dadas??Claro que não há promiscuidade, ou talvez até exista, mas como pode existir em uma relação  de um casal hetero .O que não se pode fazer é exigir das pessoas que elas achem da noite para o dia a coisa mais normal do mundo uma união gay(para algumas pessoas nunca vai ser,os mais ignorantes intitulam de “aberração”)e que não se manifestem, liberdade de expressão é um direito adquirido.Quem ganha com tudo isso são os políticos que usam este tema tão complicado como palanque para seus discursos direcionados diretamente aquela classe da população que não entende que na verdade não existe certo ou errado, mas sim escolhas e direitos.

Grupo Eduardo Mesquita (Moderador), Gustavo Gerhard e Diego Dettenborn

sábado, 25 de junho de 2011

Um lugar para viver como se quer

Quando pessoas são forçadas a fazer algo que não gostam, um sentimento de desconforto começa a crescer dentro delas. Agora, imagine que elas não tem escolha, são forçadas a trabalhar e obedecer seus chefes, sem receber nada por isso. Não, não é sem receber nada. Elas recebem, no mínimo, chicotadas. Quase nenhuma comida. Sem lugar para viver de forma humana. Pessoas forçadas a abandonar sua cultura, sua crença, seu lugar. Essências que foram deixadas para trás por causa da ambição. Vidas que se apagaram pela escravidão.

Só que nem todos aceitam essa condição. Alguns se rebelam contra o sistema e fogem. A fuga é repleta de armadilhas, pois estão em uma região que não é a sua, com pessoas que se dizem superiores a persegui-los. Os sobreviventes precisam encontrar um lugar para viver. Um lugar onde os "brancos" não consigam chegar. Assim, formam-se os quilombos, como são chamados os refúgios onde os escravos se "escondiam". Os quilombos são localizados em lugares de difícil acesso no meio das matas e cercados por armadilhas para que os perseguidores dos quilombolas - habitantes dos quilombos - não possam encontrá-los.

Alcançar o quilombo simboliza alcançar a liberdade. Significa a esperança de poder viver, novamente, "livres". Podem seguir suas crenças, festejar como em seu lugar de origem, realizar suas atividades. E não são castigados por isso. Seria a representação de seu espaço, só que do outro lado do oceano. É a união de um povo, mesmo longe de seu lar. Existe, sim, o medo do homem branco encontrá-los. Mas enquanto isso não acontece, eles vivem.




Referência

Autor desconhecido. História dos quilombos. Disponível em <http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/quilombos/>. Acesso em 25 jun. 2011


Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A decisão da maternidade está nas mãos delas


Há mães que geram seus filhos e os largam para um mundo que lhe encontrar. Há mães colocam filhos em lixeiras, deixam em portas de casas, jogam em rios ou jogam ao relento de madrugadas frias.
E o que dizer daquelas que abortam, que se quer deram a chance de vida para aquele ser? Diante deste cenário criminoso, há mulheres que fazem tratamentos conceptivos ou ficam por anos em uma fila para adotar uma criança e poderem realizar o sonho da maternidade.
Há mães que se consideram abençoadas e mães que engravidaram 'acidentalmente'.
Gravidez não planejada tem aos montes por aí. E muitas delas, não querem seus filhos e enxergam apenas uma saída: o aborto. Uma questão cultural, psicológica, ou financeira?
Há mães jovens, bonitas e ricas que procuram clínicas clandestinas e mães pobres, sem nenhum recurso para abortar. Algumas buscam por drogas e remédios abortivos de baixo custo, outras escondem uma gravidez por nove meses e depois entregam o filho.
Difícil explicar, mas podemos afirmar que todas estas mulheres se defrontam com problemas como mães, que vão de acordo com a origem educacional e cultural. Assim como cada uma delas, têm em vista produzir diferentes tipos de pessoas.
Será que passou pela cabeça de alguma destas mães que geraram seus filhos e lhes colocaram no lixo, fazer isso para garantir a vida com outra família? Ou na maioria dos casos a decisão de ter o filho foi por não ter tido a oportunidade de abortá-lo?
Como disse Sheila Kitzinger em sua obra 'Mães - um estudo antropológico da maternidade', “a situação da maternidade é culturalmente determinada, sobre e acima de sua natureza biológica”.
No filme 'O Aborto dos Outros', que retrata a situação das mulheres que, amparadas pela lei, interromperam a gravidez, além de outras que fizeram abortos clandestinos e sofreram as duras conseqüências, o médico Jefferson Drezett calcula que 70 mil mulheres morram por ano no mundo em decorrência de abortos inseguros. Uma a cada sete minutos.

Aqui no Brasil a prática é considerada crime, no entanto, em duas circunstâncias a legislação brasileira garante o direito à interrupção da gravidez. No caso de violência sexual (estupro) – desde que consentido pela gestante ou representante legal em caso de incapacidade – ou em situações de risco à vida da mulher.
Outro fato que podemos levar em conta é quando a mãe é solteira. Vem o preconceito e a pressão de ter que criar aquele ser sem o pai pesa nas costas. Ainda assim, a mulher continua com o papel de disseminadora de cultura através da maternidade. O fato de ela ter um útero e de amamentar significa que não só tem filhos, mas é em grande medida responsável por eles enquanto bebês e, por vezes, durante muito mais tempo. “Ela é o primeiro e o mais importante canal através do qual a cultura é comunicada ao bebê”.
Ser mãe exige muito de toda mulher. A criança exige tempo, dedicação, dinheiro, carinho, proteção, entre outras coisas. Ela exige disposição física e mental, 24 horas por dia, sem folgas! Ser mais exige planejamento e é o que falta na maioria dos casos em que a saída é o aborto ou a doação do filho.
O que nos deixa intrigados e chocados são os casos de mães que fazem exatamente o contrário. Ficamos chocados com mães que abandonam seus filhos, que os negligenciam, maltratam e que as vazes até matam... O que será que acontece com essas mães? Muitos outros aspectos estão envolvidos na experiência da maternidade e a maior parte dos comportamentos que usamos para julgar se uma mulher é uma boa mãe são comportamentos aprendidos. Por isso é tão importante a atenção e carinho que a mãe da para a criança desde pequeno, pois é a partir daí que começa sua formação.
A relação mãe-filho sofre influência marcante da cultura, do ambiente social, religioso, financeiro, da nossa saúde física e mental, do nosso acesso a educação, lazer, trabalho, descanso, dignidade, reconhecimento. Uma mãe que é desvalorizada socialmente, que sofre cronicamente com dificuldades financeiras ou dificuldades emocionais, que não tem apoio na família, que sofre maus-tratos do marido, que não tem acesso a educação, nem à saúde, nem ao lazer, tem mais chances de abolir todos esse cuidados que se deve ter. E por isso, muitas vezes, a causa de abandonarem seus filhos. Já que a mãe não tem condições financeiras e nem uma boa estrutura ela não consegue fazer o aborto. Com isso, esperam os nove meses para depois abandonar seus filhos. Para isso não acontecer as mães precisam ser bem estruturadas psicologicamente para contribuírem para o bom desenvolvimento psicológico de seus filhos e delas mesmas.

CULTURA E PERSONALIDADE
Verifica-se, que tanto a maternidade como a gravidez e o parto possuem grande variabilidade de expressão segundo as experiências de cada indivíduo. A cultura, as ambições, os projetos e o funcionamento afetivo-emocional devem ser levado em consideração. Essa variabilidade pode ser vista sob dois fatores. Por um lado um componente cultural que influencia o sentir e o agir da mulher nesses períodos; por outro lado, os componentes intrínsecos da própria mulher que têm a ver com as suas características de personalidade. Pensar e refletir sobre a maternidade implica ter em conta a forte inter-relação destas duas linhas, nem sempre fáceis de distinguir. Na abordagem histórica e antropológica das atitudes maternas não se encontra um comportamento universal e necessário por parte da mãe, ela oscila muito dependendo de cada sociedade e da própria temporalidade pois mesmo quando a fertilidade era valorizada o infanticídio era praticado em situações de miséria. Os bebês eram “acidentalmente” sufocados ou deixados cair de cabeça (Kitzinger, 1978). Na Idade Média, o infanticídio era mesmo preferido ao aborto sendo o mais usado para limitar o número de filhos. Também o abandono foi uma prática banal durante a Antiguidade, em certas sociedades o pai de família tinha o direito de escolha pela vida ou pela morte da criança. Naquela época o recurso ao abandono funcionava como um modo de fazer morrer uma criança indesejável.
A partir desse momento, assistimos à contextualização técnica do nascimento; o nosso imaginário é povoado de tecnologia, de aparelhos, de saberes técnicos. Por outro lado, vivemos um momento de transição: estamos tentando apagar do imaginário coletivo a figura suprema de mulher/mãe do passado para substituir por uma outra que divide o espaço do nosso imaginário com um outro alguém, o pai. Toda esta transição na vivência da maternidade, na qual se implicam movimentos sociais, culturais e psicológicos é, obviamente, exigente em termos de mecanismos adaptativos do Eu. Para esta exigência nem sempre se conseguem as respostas adequadas; podem, por exemplo, sobrevir conflitos psicológicos que apenas encontram a sua expressão no sintoma psicossomático.

PARA REFLETIR:
Se nos remetermos para os tempos de hoje, o que será que mudou? Naquela época o pai tinha direito de escolha sobre o destino da vida do filho, e agora quando lemos notícias de bebês abandonados em lixeiras, rios, ruas não nos parece tudo igual e que só mudou a época?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dolto, F. (1981). No jogo do desejo. Rio de Janeiro: Imago.
Kitzinger, S. (1978). Mães. Um estudo antropológico da maternidade. Lisboa: Ed. Presença.
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v16n3/v16n3a02.pdf acesso em 10.Jun.2011

Grupo 2:
Letícia Eduarda Wacholz (moderadora), Cristiane Lautert, Andressa Marmitt e Marilene Schmitz