quarta-feira, 29 de junho de 2011

MORADORES DE RUA

Depois de assistirmos o documentário sobre moradores de rua, decidimos procurar dados sobre a nossa realidade aqui sul. Achamos uma reportagem divulgada no jornal Zero Hora em 29 de maio de 2008, e achamos interessante compartilhá-la.

Mais de 80% dos moradores de rua de Porto Alegre são homens

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) mostrou que Porto Alegre tem 1.203 moradores de rua. Desse total, 81,8% são do sexo masculino. O Estudo do Mundo da População Adulta em Situação de Rua de Porto Alegre, realizado pelo Laboratório de Observação Social (Labors), teve como objetivo recensear esta população, mapear os locais onde vive.Outros dados mostram que 71,8% dos moradores de rua da Capital têm até 44 anos e 46,4% têm como escolaridade o ensino fundamental incompleto (confira outros dados abaixo).
O conjunto dos dados empíricos obtidos está organizado em um banco de dados que pode proporcionar a elaboração de novas pesquisas sobre o tema e o cruzamento entre variáveis das diversas questões abordadas, subsidiando ações da prefeitura. Ao cadastrar as pessoas adultas em situação de rua em Porto Alegre, o estudo definiu esta população como todas as pessoas que se encontrassem em abrigos e albergues destinados ao acolhimento ou abrigo temporário, assim como aqueles que se encontrassem em atividades de perambulação pelas ruas ou que dissessem fazer da rua seu local de existência e habitação, mesmo que temporariamente e identificar seus dados étnicos, sócio-econômicos. Quanto aos motivos de ida para as ruas, a grande maioria dos entrevistados (41,1%) atribui sua situação a rupturas familiares – por maus tratos, desavenças, rejeições, falta de apoio, ameaças, abandono, por separação ou morte. Incluindo nesse tipo de justificativa problemas com bebidas alcoólicas, drogas ou tráfico na família, o percentual seria acrescido de 3,2%, chegando a um total de 44,3%. A segunda razão mais referida, com um total de 22,8%, é a carência de condições materiais e financeiras, notadamente relativas ao desemprego e à busca de trabalho ou de alguma forma de renda ou auxílio (16,3%), seguida da perda da moradia (6,5%). O consumo de álcool, drogas ou fumo por parte do entrevistado aparece em terceiro lugar, com 12,1% das razões citadas e culturais.
Outros dados
Idade
71,8% têm até 44 anos

Escolaridade
46,4% cursaram o Ensino Fundamental Incompleto

Utilização de abrigos
60% dormem lugares de risco ou improvisados
35% dormem em abrigos e albergues

Sustento
29,1% têm ganho mensal de até meio salário mínimo

Fonte de renda
22,9% pelo recolhimento de material na rua
15% por meio de esmola
12,3% pela guarda e lavagem de carros

Alimentação
34,6% recebe doações em residências, restaurantes ou nas ruas

Grupo 3: Mariele Garcia (Moderadora), Vânia Soares, Vívian Porto e Fábio Felício


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