quarta-feira, 29 de junho de 2011

Antropologia do Consumo

Todos nós em geral gostamos de fazer compras. Sentimo-nos merecedores dos presentes que nos damos. Mas, quando estamos angustiados, insatisfeitos ou nervosos, muitas vezes saímos para fazer compras dando uma sensação de alívio.  

E nesse caso perdemos o senso crítico e agimos por compulsão. Passado o instante da compra e o sabor da novidade, voltamos à estaca zero da insatisfação. É que a compulsão de comprar serviu apenas de paliativo e nos desviou momentaneamente a atenção dos nossos verdadeiros problemas, da verdadeira causa de nossa insatisfação.

Mas existem pessoas que vivem permanentemente em estado de compulsão consumista. Elas compram por comprar e estão sempre indo atrás de novidades. Sentem-se felizes fazendo compras. Mas invariavelmente se cansam das aquisições e partem para outras, como se sofressem de uma espécie de vício.
O consumismo tem origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas que juntas levam as pessoas a gastarem o que podem e o que não podem com a necessidade de suprir a indiferença social, a falta de recursos financeiros, a baixa autoestima, a perturbação emocional e outros.
É compulsivo, descontrolado e que se deixa influenciar pelo marketing das empresas que comercializam tais produtos e serviços.
O mundo hoje gira em torno do consumismo. O maior desejo das pessoas, influenciadas pelos veículos de comunicação de massa, está em obter bens; seja uma roupa, carro ou, até mesmo, uma viagem. O importante é ter. A moda agora é  ter o máximo que conseguir. Dessa forma, será bem visto pela sociedade e não será excluído jamais, desde que continue seguindo às regras de consumo. Isso o tornará uma pessoa em evidência? Não, você apenas será mais um na multidão, como outro qualquer. 

Grupo 5: Júlia, Larissa, Lucas, Julian, Cássio.

Infância para todos

Infância é um direito de todos, mas nem sempre ela faz parte da realidade de todas as crianças.
No documentário “A invenção da Infância” mostra a realidade  contrastante de crianças de classe média alta e crianças pobres.
Crianças de periferia têm de trabalhar para o sustento da família e mesmo assim ainda se consideram crianças com sonhos de brincar e levar uma vida melhor. Já, as meninas de classe média alta que estão sempre cheia de compromissos com aula de inglês, natação e etc. não se identificam mais como crianças, pois acreditam que elas têm muitas responsabilidades.
O trabalho infantil é uma realidade triste que rodeia grande parte da população. Toda criança tem o direito de brincar e fazer coisas referentes à sua idade, pois a infância é uma fase muito importante para a desenvoltura de um indivíduo como pessoa.


Grupo 5: Larissa, Júlia, Lucas, Julian, Cássio.

Narradores de Javé

Antônio Biá é um mau-caráter. Trabalhava no posto dos Correios do povoado Javé. O posto ia fechar porque o movimento era pequeno. Para não perder o emprego, Biá inventou de escrever carta para todos os seus conhecidos em outros povoados e cidades. Difamou a todos de Javé. Foi expulso do povoado e passou a morar isolado de todos. Mas o povo de Javé precisou de Antônio Biá. Trouxe-o de volta. Ele era o único que poderia salvar Javé de uma inundação anunciada a todos e ninguém podia fazer nada. Como salvar o povoado? Escrevendo sua história. Biá sabia escrever e a ele foi confiada a tarefa de registrar as memórias de Javé para que as autoridades reconhecessem o povoado como patrimônio histórico e o poupasse da inundação. 
Narradores de Javé é um filme surpreendente. Surpreendente não pelo fato de contar uma história de um povo ameaçado pelo poder das águas de uma represa. Mas pelo fato de criticar com bom humor os problemas sociais que assolam a classe menos favorecida.
O enredo de Narradores de Javé se parece com a vida real. Javé pode ser qualquer muncípio brasileiro.Biá tinha o poder nas mãos porque sabia escrever. O povo depositou sua confiança em Biá. Ele prometeu, enrolou e não cumpriu com o combinado: escrever as memórias de Javé. Biá pode ser visto como as autoridades municipais brasileiras que têm um histórico nada agradável.
Mas, por outro lado, pode-se analisar este fato por outro prisma. Biá não escreveu a história de Javé porque Javé não tinha memórias. A comunidade javélica, essas eram as palavras de Biá, era um povo semi-analfabeto. Um povo que não sabia reivindicar seus direitos. Um povo que mal sabia escrever o próprio nome. Um povo sem instrução. 
Um leitor perspicaz pode deduzir que o filme Narradores de Javé é uma crítica social. E pode também compreender que o maior mal de Javé era a falta de educação. Javé representa o Brasil porque seu povo não conhecia educação de qualidade. Educação de qualidade no Brasil é privilégio de uma minoria, da minoria que pode pagar uma escola particular, que pode mandar o filho para estudar no exterior.
E as águas vieram. Inundaram Javé e com Javé foram inundadas suas memórias. Sua história não pode ser escrita porque um povo analfabeto é um povo que não consegue formular ideias, não tem poder de argumentação. É facilmente vencido pelo poder dos que sabem mais. Os narradores de Javé não conseguiam narrar sua história porque não sabiam organizar suas ideias. Cada um queria contar uma história á sua maneira. Cada um queria ser mais importante e o único descendente do fundador de Javé.
Javé tem a cara do Brasil e o Brasil terá a cara de Javé se nada for feito para mudar a realidade. É preciso entender que uma sociedade livre, justa e solidária, como prega a Constituição, só pode ser construída com homens e livros; com uma educação de qualidade.


Grupo 5: Cássio, Lucas, Larissa, Júlia, Julian

Grupo 7 *****Sagrado x Profano*****

Sagrado x Profano


Sagrado versus Profano

Como em todas as culturas do mundo, há no Brasil aspectos culturais favoráveis e
desfavoráveis a uma adoração e louvor que exalte o nome do Senhor. Isto é ainda mais
complicado, quando certos aspectos expressivos da cultura são amalgamados ou
misturados ao contexto religioso, sendo tachados de sagrados quando agradam, mas
profano quando não satisfazem.

Há muito tempo que se discute sobre o sagrado e o profano. Não é diferente, hoje em
dia, com a música de louvor e adoração na Igreja. Muitas músicas cristãs são
tachadas de profanas por não terem o nome de Deus, ou, "mundanas" por falarem de
virtudes cristãs, como ao amor, sem mencionar o nome de Jesus. Parece que os crentes
esquecem-se que o livro de Ester, apesar de não mencionar o nome de Deus nem uma só
vez, apresenta um conteúdo que revela a providencial soberania Divina.

Também, os ritmos que caracterizam os estilos musicais, geram conflitos e polêmicas
quanto a considerar sacro ou profano alguns cânticos evangélicos. De fato, reconheço
não ser fácil lidar com nenhum desses exemplos apresentados e outros que porventura
existam, afinal, que tipos de critérios usados poderiam ser perfeitamente divinais
para seleção ou classificação de uma música profana e de outra sacra? Será que é tão
simples assim afirmar que uma música é sacra e outra não, quando sabemos que o
criador da música em si foi o próprio Deus? Será que o problema na realidade não
está nas motivações? Creio, que são questões dignas de uma reflexão acurada e
honesta, de acordo com as situações a fim que não se estabeleça juízos indevidos e
equivocados, típico dos que se acham únicos donos da verdade. A Bíblia é sim regra
de fé e prática bem como a única verdade revelada de Deus, mas será que isso se
aplica também as opiniões preconceituosas de alguns? Tenho a impressão que não.

Na verdade, penso que em se tratando de sagrado e profano, somente Deus tem
autoridade para considerar realmente sacra ou profana as músicas cristãs executadas
como louvor na Igreja. Segundo um dos salmistas, é Deus quem conhece os intentos
mais profundos da alma, que sonda e esquadrinha o coração humano e, sob este
critério perfeito, aceita ou rejeita louvores que lhe são oferecidos na Igreja. O
exemplo disso tem os cultos de Caim e Abel, onde um foi rejeitado por Deus por ser
considerado profano por não ter sido fruto de um coração puro e retamente
intencionado enquanto o outro foi aceito diante Deus por ter sido aprovado diante do
crivo e sonda daquEle que tudo conhece.

Deste modo, o único critério que nos resta, como ministros de Deus, é o de que as
músicas, cânticos ou louvores não podem contrariar nem ferir a mensagem do
evangelho. Porém, no que tange a outros fatores aqui já mencionados, vale a máxima
de que todos os estilos ou formas musicais são apropriados para o louvor e adoração
a Deus. Contudo, o bom senso pede que os ministros de Deus aqui na terra, considerem
os aspectos culturais no qual estão inseridos. Isto é, o desafio do equilíbrio. 




O Místico, O Sagrado E O Profano... Boêmios Exalta O Folclore Brasileiro Boêmios de
Inhaúma
Os braços e Oxalá regendo a terra e o mar
Com sincretismo no folclore popular
O místico o sagrado e o profano
A Boêmios abre o pano
E faz o nosso povo delirar
Nesta festa do divino
A cultura portuguesa encontrei
Pombas, fogos e águas
Simbolizando o sagrado pro Rei
Com Bumba - meu - Boi comemorar
E as três etnias festejar
Nesta avenida eu quero é mais dançar

Maracatu, Maculelê e Carvalhada
Bumba - meu - Boi meu Boi Bumba tem Marujada
Filho de Caboclo o negro é rei nas batucadas

Hoje folias de reis vão relembrar
A visita a Belém e exaltar
Ao menino Jesus
E na festa de Iemanjá
A protetora vamos corar
Pentes, perfumes e flores
Refletem amores no seu caminhar
Tem na Bahia a lavagem do Bonfim
Lá em Olinda o frevo é popular

Bate forte bateria é carnaval
Tem festança no terreiro
O ano inteiro
Viva o folclore brasileiro 

 



Crianças que não tem infância

Visão sobre o documentário “ A invenção da infância”
 Criança e infância parecem sinônimos. E assim deveria ser. Mas, infelizmente, não é... Na realidade, o que entendemos por infância é um conceito de felicidade, surgido num período de, crescimento, confiança, crença na humanidade e em suas possibilidades.
E o que seria esta infância senão o momento em que nossos meninos e meninas cresceriam brincando, aprendendo, convivendo, partilhando, rindo e chorando? Pois era esta concepção que surgia. As crianças poderiam inventar brincadeiras e brinquedos, teriam tempo para conhecer os livros e as histórias mais incríveis, correriam livres pelos campos e ruas a chutar lata ou o que encontrassem pela frente...
Mas mesmo assim a realidade em inúmeros casos se mantém afastada daquilo que se prevê no papel. O preto no branco não garante a infância para todas as crianças. Ainda é grande a quantidade de infantes que não freqüenta escolas. Também é enorme a quantidade de menores que ao invés de brincarem tem que trabalhar nos campos, nas oficinas, no comércio...
Todos nós sabemos que em países que são realmente desenvolvidos, as crianças não perdem sua infância trabalhando. E é exatamente por isso que sabemos que o Brasil ainda não é um país desenvolvido.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que existam, nos países em desenvolvimento, 250 milhões de crianças trabalhadoras de 5 a 14 anos. Acredita-se que 61% delas se encontrem na Ásia, 32% na África e 7% na América Latina.
Infelizmente no nosso país muitas crianças perdem sua infância, pois, não estudam, não brincam, não praticam esportes e não fazem o que uma criança deveria fazer - se divertir.
            Isso muitas vezes acontece porque a família não tem dinheiro para se sustentar, e utilizam os filhos para trabalhar e ganhar mais um pouco de dinheiro, ou porque a criança mora muito longe e não tem como se locomover até a unidade escolar. Aa realidade em que eles vivem não os permite usufruir de algo melhor, e acredito também que haja um pouco de cultura nisso. 
Um ponto muito negativo disso tudo, é que com o passar do tempo algumas famílias já passaram a encarar o trabalho infantil como sendo da cultura dela, pois, quando eram crianças, eles também perderam sua infância trabalhando. Quem contrata uma criança para trabalhar sempre sai lucrando em questões financeiras. É um trabalho escravo, como se fosse camuflado, disfarçado, tentando enganar a sociedade. Isso se dá, porque as crianças trabalham duro e não recebem quase nada por seu trabalho.
            A verdade é que o trabalhador infantil de hoje, amanhã será o trabalhador escravo, porque, se ele aceita perder sua infância, que é a melhor fase da vida da pessoa, é claro que o resto da vida dele, ele também vai trabalhar feito um “jumento” e não vai ganhar nada. Quem sabe se essa pessoa tiver sorte, ela irá trabalhar numa carvoaria e receber menos de um salário mínimo.
O combate ao trabalho infantil incomoda a quem lucra com o trabalho infantil, a quem lucra com o trabalho escravo e a quem lucra com o trabalho degradante. Isso se dá, porque todos esses tipos de trabalhos humilhantes e vergonhosos, tem muito em comum. Quem trabalha, trabalha muito e não ganha nada.
Sem contar que esses tipos de trabalho infantil expõem dezenas de milhões de crianças a sérios perigos, que talvez decorram da natureza do serviço ou de péssimas condições de trabalho. Trabalhadores infanto-juvenis tendem a sofrer mais acidentes de trabalho do que os adultos, porque a anatomia duma criança é diferente da de um adulto. O serviço pesado pode facilmente deformar a coluna ou a pélvis. Também, as crianças sofrem mais do que os adultos quando são expostas a substâncias químicas perigosas ou à radiação. Além disso, elas não estão fisicamente aptas para muitas horas de trabalho estrênuo e monótono, a que muitas vezes estão sujeitas. Em geral, elas não têm noção dos perigos e sabem pouco sobre as precauções a tomar.
Graves também são os efeitos do trabalho infantil sobre o desenvolvimento psicológico, emocional e intelectual das vítimas. Tais crianças não recebem afeto. Surras, insultos, ficar sem comer como castigo e abusos sexuais são muito comuns. Segundo um estudo, a maioria das crianças trabalhadoras abandonou a escola. Observou-se também que longas jornadas de trabalho podem dificultar a aprendizagem das crianças.
Portanto, já esta mais do que na hora de alguém ou alguma autoridade faça alguma coisa para salvar a infância das crianças do nosso Brasil. Só depois disso alguém pode falar que o Brasil está começando a se tornar um país desenvolvido.
Fonte ajuda: Artigos.com
                     WWW.planetaeducacao.com.br

Grupo 3: Mariele Garcia (Moderadora), Vânia Soares, Vívian Porto e Fábio Felício
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MORADORES DE RUA

Depois de assistirmos o documentário sobre moradores de rua, decidimos procurar dados sobre a nossa realidade aqui sul. Achamos uma reportagem divulgada no jornal Zero Hora em 29 de maio de 2008, e achamos interessante compartilhá-la.

Mais de 80% dos moradores de rua de Porto Alegre são homens

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) mostrou que Porto Alegre tem 1.203 moradores de rua. Desse total, 81,8% são do sexo masculino. O Estudo do Mundo da População Adulta em Situação de Rua de Porto Alegre, realizado pelo Laboratório de Observação Social (Labors), teve como objetivo recensear esta população, mapear os locais onde vive.Outros dados mostram que 71,8% dos moradores de rua da Capital têm até 44 anos e 46,4% têm como escolaridade o ensino fundamental incompleto (confira outros dados abaixo).
O conjunto dos dados empíricos obtidos está organizado em um banco de dados que pode proporcionar a elaboração de novas pesquisas sobre o tema e o cruzamento entre variáveis das diversas questões abordadas, subsidiando ações da prefeitura. Ao cadastrar as pessoas adultas em situação de rua em Porto Alegre, o estudo definiu esta população como todas as pessoas que se encontrassem em abrigos e albergues destinados ao acolhimento ou abrigo temporário, assim como aqueles que se encontrassem em atividades de perambulação pelas ruas ou que dissessem fazer da rua seu local de existência e habitação, mesmo que temporariamente e identificar seus dados étnicos, sócio-econômicos. Quanto aos motivos de ida para as ruas, a grande maioria dos entrevistados (41,1%) atribui sua situação a rupturas familiares – por maus tratos, desavenças, rejeições, falta de apoio, ameaças, abandono, por separação ou morte. Incluindo nesse tipo de justificativa problemas com bebidas alcoólicas, drogas ou tráfico na família, o percentual seria acrescido de 3,2%, chegando a um total de 44,3%. A segunda razão mais referida, com um total de 22,8%, é a carência de condições materiais e financeiras, notadamente relativas ao desemprego e à busca de trabalho ou de alguma forma de renda ou auxílio (16,3%), seguida da perda da moradia (6,5%). O consumo de álcool, drogas ou fumo por parte do entrevistado aparece em terceiro lugar, com 12,1% das razões citadas e culturais.
Outros dados
Idade
71,8% têm até 44 anos

Escolaridade
46,4% cursaram o Ensino Fundamental Incompleto

Utilização de abrigos
60% dormem lugares de risco ou improvisados
35% dormem em abrigos e albergues

Sustento
29,1% têm ganho mensal de até meio salário mínimo

Fonte de renda
22,9% pelo recolhimento de material na rua
15% por meio de esmola
12,3% pela guarda e lavagem de carros

Alimentação
34,6% recebe doações em residências, restaurantes ou nas ruas

Grupo 3: Mariele Garcia (Moderadora), Vânia Soares, Vívian Porto e Fábio Felício


Narradores de Javé


O filme é um obra de ficção mas bem poderia relatar a história de milhares de pessoas. São individuos sem identidade, sem pátria, anônimos e desconhecidos pela nação onde vivem. Quantas comunidades de Javé existem pelo mundo a fora? E nós, não somos também como aqueles personagens?


A identidade de um povo deve ser construida desde os primordios de civilização. A exemplo do filme onde toda uma comunidade é destruída simplesmente por não exister perante os olhos da do mundo.Devemos ter consciencia de que perante o mundo permanecemos no anonimato, no entato na comunidade devemos sair do comodismo e deixar de ser mais um integrante para tornar-se cidadão com direitos e deveres.


Isso é fundamental para nós, futuros comunicadores, estabelecer uma relação de existência da comunidade onde estamos inseridos. É um crescimento mútuo, onde a localidade passa a existir num contexto maior de mundo, que vai além do local e para o profissional é o reconhecimento de um trabalho prestado.Todos nós temos um pouco do mensageiro do filme, as qualidades e os defeitos, temos ambições mas podemos convertê-las em prestação de serviço em prol da comunidade.

Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli

Etnia e sua classificações

A etnia pode ser classificada em dois fatores:


Língua etnia: a língua que tem sido muitas vezes utilizada como fator primário de classificação dos grupos étnicos, embora sem dúvida não isenta de manipulação política ou erro. É preciso destacar também que existe grande número de línguas multi-étnicas e determinadas etnias são multi-língues.

Cultura etnia: A delimitação cultural de um grupo étnico, com respeito aos grupos culturais de fronteira, se faz dificultosa para o etnólogo, em especial no tocante a grupos humanos altamente comunicados com seus grupos vizinhos. Elie Kedourie é talvez o autor que mais tenha aprofundado a análise das diferenças entre etnias e culturas.

Portugal é um exemplo. Os portugueses, hoje, são muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo. Sua língua e cultura são peculiares.

Abaixo um vídeo que retrata a sociedade portuguesa ao longo dos anos.









Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli

Toda criança tem o direito de brincar!

Toda criança tem direito a brincar. Quando as crianças brincam, conhecem a si mesmas a aos outros. Descobrem o mundo e exercitam novas habilidades. Criam vinculo. Elaboram saídas para as situações de conflito, aumentando assim, a auto-estima. Tornam-se mais avançadas em desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo. Compartilham mais, são menos agressivas e tem relacionamentos mais seguros com suas famílias. Infelizmente, na vida moderna, a brincadeira esta virando artigo escasso. Não faz o menor sentido a gente encher os filhos de cursos de inglês, francês, alemão, japonês, computação...querendo que eles sejam bem sucedidos no futuro se eles não tiverem tempo para brincar. Brincar e sinônimo de infância! Nunca conseguiremos criar homens sensatos se antes não criarmos moleques! Quem brinca agora aprende a encontrar soluções criativas no trabalho, nos relacionamentos, na vida...Mais do que matricular os filhos em cursos disso ou daquilo, deixe-os brincar!

Infância Perdida
A infância tem direito a cuidados e assistência especiais. É isto que defende o preâmbulo da Convenção sobre os Direitos da Criança e é este ponto que está longe de se tornar uma realidade.
De acordo com um recente relatório publicado pela UNICEF, estima-se que em todo o mundo, cerca de 247 milhões de crianças sejam privadas de uma infância de liberdade, de inocência e de brincadeiras, sendo obrigadas a trabalhar. Estas crianças têm a sua infância perdida. Cerca de 73% (180 milhões) destas  estão envolvidas nas piores e mais perigosas formas de trabalho, nas minas e com maquinaria. Dentre estas cerca de 6 milhões são escravizadas, e 2 milhões são forçadas a prostituírem-se.
Estamos aqui a falar de crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 17 anos que, além de serem privadas do acesso à educação, são também vítimas de maus-tratos físicos e psicológicos e de abusos por parte dos seus supervisores.
Em Portugal, o número de crianças vítimas de exploração de trabalho infantil ronda os 50 000.
É verdade que em alguns casos são os menores que optam por trabalhar por não quererem continuar os seus estudos ou para ajudarem a economia das suas famílias, contudo, são muitas mais as crianças que são obrigadas a trabalhar. Cabe, por isso, aos governos dos vários países agilizar os meios que serão necessários para colocar um travão neste flagelo mundial. Nesta tarefa terão um papel igualmente preponderante os pais, os lideres comunitários, os sectores privados, a sociedade em geral. Tudo isto para que as crianças tenham o direito de serem crianças."
Grupo Eduardo Mesquita (Moderador), Gustavo Gerhard e Diego Dettenborn

Etnicidade

Conceito de Etnicidade

Etnicidade é o termo usado para designar as características culturais que ligam um grupo particular de pessoas, ou grupos, internamente. Algumas vezes etnicidade é usado incorretamente para referir-se a uma minoria ou a uma raça.
Embora não possam ser considerados como iguais, o conceito de raça é associado ao de etnia. A diferença reside no fato de que etnia também compreende os fatores culturais, como a nacionalidade, a afiliacão tribal, a Religião, a língua e as tradições, enquanto raça compreende apenas os fatores morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura e traço facial.

Saúde da População negra no Brasil

Na década de 80, o movimento de mulheres negras tornou visível os problemas relativos à vida sexual e reprodutiva que atingem especificamente as mulheres negras no Brasil. Juntamente com o movimento negro, demonstrou a exclusão dos direitos e cidadania da população negra no país, afirmando que os negros são pobres sobretudo porque são negros.
As desigualdades sociais vivenciadas por essa população são expressas em seus corpos e na qualidade e quantidade de serviços sociais públicos a que têm acesso. Tais constatações corroboram a idéia de desigualdade social, presente nas produções teóricas e intervenções políticas neste campo, catalisam e sistematizam as reivindicações da população negra na área da saúde, publicizando essa especificidade nas esferas nacional e internacional.
A importância do quesito cor no Sistema de Informação de Saúde deve-se, então, à constatação de que, apesar de a população auto-declarada afro-descendente representar 44% da população brasileira, segundo dados censitários, poucas informações sobre seu bem-estar e saúde pode ser reunida. É interessante ressaltar que, tendo em vista uma compreensão que não estabelece uma relação de causalidade entre o quesito cor e o surgimento de doenças, essa informação, acredita-se, pode dar significativas indicações sobre as condições de vida e saúde da população negra.
A importância do quesito cor tem sido, a despeito das dificuldades de coleta, uma reivindicação do movimento negro, para que se possa conhecer melhor os aspetos de vida e saúde da população negra, além de exigir o reconhecimento social e político desta parcela da população.

Grupo Eduardo Mesquita (Moderador), Gustavo Gerhard e Diego Dettenborn

Diversidade Sexual: Existe??

Diversidade Sexual é o termo usado para designar as várias formas de expressão da sexualidade humana. Diferenças sexuais, ou seja gostos diferentes, tem gente que gosta de chuchu, outros que gostam de frio e até outros que gostam de RESTART, nessa mesma linha  tem homens que gostam de homens, outros que gostam de travestis, outros de mulheres, outros de lésbicas, e vice e versa para todas as condições.

De qualquer forma é fato que muita coisa mudou..que já não existe certo ou errado e que aquela história de “que o homem nasceu para mulher, Adão e Eva e blá blá blá, já não serve mais como parâmetro. Dependendo o ponto de vista, podemos chamar de evolução ou de retrocesso, mas acima de tudo não podemos esquecer que cada indivíduo tem o direito de ser e fazer o que quiser, salvo que nossa liberdade acaba onde começa o direito do outro. O respeito à diversidade e à livre orientação sexual deve ser o norte de toda essa ação, mas não podemos  vulgarizar este assunto.A questão não é aceitar ou não aceitar. Ninguém pergunta a orientação sexual dos cidadãos no momento da declaração do Imposto de Renda. Se  são cidadãos em seus deveres, devem ser da mesma forma em  seus direitos, sem distinções, mas vale lembrar que respeito deve ser a palavra chave pois ainda para muitos  o diferente não pode  se tornar o comum da noite para o dia.

É fato também que, duas pessoas do mesmo sexo estarem juntas ainda é atípico, aos olhos de muitos, afinal  nem sempre foi assim.Ou lembram-se de a dez anos atrás irem a um restaurante e verem duas mulheres juntas, trocando carinhos??Ou então irem a um jogo de futebol e lá encontrarem dois rapazes de mãos dadas??Claro que não há promiscuidade, ou talvez até exista, mas como pode existir em uma relação  de um casal hetero .O que não se pode fazer é exigir das pessoas que elas achem da noite para o dia a coisa mais normal do mundo uma união gay(para algumas pessoas nunca vai ser,os mais ignorantes intitulam de “aberração”)e que não se manifestem, liberdade de expressão é um direito adquirido.Quem ganha com tudo isso são os políticos que usam este tema tão complicado como palanque para seus discursos direcionados diretamente aquela classe da população que não entende que na verdade não existe certo ou errado, mas sim escolhas e direitos.

Grupo Eduardo Mesquita (Moderador), Gustavo Gerhard e Diego Dettenborn

sábado, 25 de junho de 2011

Um lugar para viver como se quer

Quando pessoas são forçadas a fazer algo que não gostam, um sentimento de desconforto começa a crescer dentro delas. Agora, imagine que elas não tem escolha, são forçadas a trabalhar e obedecer seus chefes, sem receber nada por isso. Não, não é sem receber nada. Elas recebem, no mínimo, chicotadas. Quase nenhuma comida. Sem lugar para viver de forma humana. Pessoas forçadas a abandonar sua cultura, sua crença, seu lugar. Essências que foram deixadas para trás por causa da ambição. Vidas que se apagaram pela escravidão.

Só que nem todos aceitam essa condição. Alguns se rebelam contra o sistema e fogem. A fuga é repleta de armadilhas, pois estão em uma região que não é a sua, com pessoas que se dizem superiores a persegui-los. Os sobreviventes precisam encontrar um lugar para viver. Um lugar onde os "brancos" não consigam chegar. Assim, formam-se os quilombos, como são chamados os refúgios onde os escravos se "escondiam". Os quilombos são localizados em lugares de difícil acesso no meio das matas e cercados por armadilhas para que os perseguidores dos quilombolas - habitantes dos quilombos - não possam encontrá-los.

Alcançar o quilombo simboliza alcançar a liberdade. Significa a esperança de poder viver, novamente, "livres". Podem seguir suas crenças, festejar como em seu lugar de origem, realizar suas atividades. E não são castigados por isso. Seria a representação de seu espaço, só que do outro lado do oceano. É a união de um povo, mesmo longe de seu lar. Existe, sim, o medo do homem branco encontrá-los. Mas enquanto isso não acontece, eles vivem.




Referência

Autor desconhecido. História dos quilombos. Disponível em <http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/quilombos/>. Acesso em 25 jun. 2011


Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A decisão da maternidade está nas mãos delas


Há mães que geram seus filhos e os largam para um mundo que lhe encontrar. Há mães colocam filhos em lixeiras, deixam em portas de casas, jogam em rios ou jogam ao relento de madrugadas frias.
E o que dizer daquelas que abortam, que se quer deram a chance de vida para aquele ser? Diante deste cenário criminoso, há mulheres que fazem tratamentos conceptivos ou ficam por anos em uma fila para adotar uma criança e poderem realizar o sonho da maternidade.
Há mães que se consideram abençoadas e mães que engravidaram 'acidentalmente'.
Gravidez não planejada tem aos montes por aí. E muitas delas, não querem seus filhos e enxergam apenas uma saída: o aborto. Uma questão cultural, psicológica, ou financeira?
Há mães jovens, bonitas e ricas que procuram clínicas clandestinas e mães pobres, sem nenhum recurso para abortar. Algumas buscam por drogas e remédios abortivos de baixo custo, outras escondem uma gravidez por nove meses e depois entregam o filho.
Difícil explicar, mas podemos afirmar que todas estas mulheres se defrontam com problemas como mães, que vão de acordo com a origem educacional e cultural. Assim como cada uma delas, têm em vista produzir diferentes tipos de pessoas.
Será que passou pela cabeça de alguma destas mães que geraram seus filhos e lhes colocaram no lixo, fazer isso para garantir a vida com outra família? Ou na maioria dos casos a decisão de ter o filho foi por não ter tido a oportunidade de abortá-lo?
Como disse Sheila Kitzinger em sua obra 'Mães - um estudo antropológico da maternidade', “a situação da maternidade é culturalmente determinada, sobre e acima de sua natureza biológica”.
No filme 'O Aborto dos Outros', que retrata a situação das mulheres que, amparadas pela lei, interromperam a gravidez, além de outras que fizeram abortos clandestinos e sofreram as duras conseqüências, o médico Jefferson Drezett calcula que 70 mil mulheres morram por ano no mundo em decorrência de abortos inseguros. Uma a cada sete minutos.

Aqui no Brasil a prática é considerada crime, no entanto, em duas circunstâncias a legislação brasileira garante o direito à interrupção da gravidez. No caso de violência sexual (estupro) – desde que consentido pela gestante ou representante legal em caso de incapacidade – ou em situações de risco à vida da mulher.
Outro fato que podemos levar em conta é quando a mãe é solteira. Vem o preconceito e a pressão de ter que criar aquele ser sem o pai pesa nas costas. Ainda assim, a mulher continua com o papel de disseminadora de cultura através da maternidade. O fato de ela ter um útero e de amamentar significa que não só tem filhos, mas é em grande medida responsável por eles enquanto bebês e, por vezes, durante muito mais tempo. “Ela é o primeiro e o mais importante canal através do qual a cultura é comunicada ao bebê”.
Ser mãe exige muito de toda mulher. A criança exige tempo, dedicação, dinheiro, carinho, proteção, entre outras coisas. Ela exige disposição física e mental, 24 horas por dia, sem folgas! Ser mais exige planejamento e é o que falta na maioria dos casos em que a saída é o aborto ou a doação do filho.
O que nos deixa intrigados e chocados são os casos de mães que fazem exatamente o contrário. Ficamos chocados com mães que abandonam seus filhos, que os negligenciam, maltratam e que as vazes até matam... O que será que acontece com essas mães? Muitos outros aspectos estão envolvidos na experiência da maternidade e a maior parte dos comportamentos que usamos para julgar se uma mulher é uma boa mãe são comportamentos aprendidos. Por isso é tão importante a atenção e carinho que a mãe da para a criança desde pequeno, pois é a partir daí que começa sua formação.
A relação mãe-filho sofre influência marcante da cultura, do ambiente social, religioso, financeiro, da nossa saúde física e mental, do nosso acesso a educação, lazer, trabalho, descanso, dignidade, reconhecimento. Uma mãe que é desvalorizada socialmente, que sofre cronicamente com dificuldades financeiras ou dificuldades emocionais, que não tem apoio na família, que sofre maus-tratos do marido, que não tem acesso a educação, nem à saúde, nem ao lazer, tem mais chances de abolir todos esse cuidados que se deve ter. E por isso, muitas vezes, a causa de abandonarem seus filhos. Já que a mãe não tem condições financeiras e nem uma boa estrutura ela não consegue fazer o aborto. Com isso, esperam os nove meses para depois abandonar seus filhos. Para isso não acontecer as mães precisam ser bem estruturadas psicologicamente para contribuírem para o bom desenvolvimento psicológico de seus filhos e delas mesmas.

CULTURA E PERSONALIDADE
Verifica-se, que tanto a maternidade como a gravidez e o parto possuem grande variabilidade de expressão segundo as experiências de cada indivíduo. A cultura, as ambições, os projetos e o funcionamento afetivo-emocional devem ser levado em consideração. Essa variabilidade pode ser vista sob dois fatores. Por um lado um componente cultural que influencia o sentir e o agir da mulher nesses períodos; por outro lado, os componentes intrínsecos da própria mulher que têm a ver com as suas características de personalidade. Pensar e refletir sobre a maternidade implica ter em conta a forte inter-relação destas duas linhas, nem sempre fáceis de distinguir. Na abordagem histórica e antropológica das atitudes maternas não se encontra um comportamento universal e necessário por parte da mãe, ela oscila muito dependendo de cada sociedade e da própria temporalidade pois mesmo quando a fertilidade era valorizada o infanticídio era praticado em situações de miséria. Os bebês eram “acidentalmente” sufocados ou deixados cair de cabeça (Kitzinger, 1978). Na Idade Média, o infanticídio era mesmo preferido ao aborto sendo o mais usado para limitar o número de filhos. Também o abandono foi uma prática banal durante a Antiguidade, em certas sociedades o pai de família tinha o direito de escolha pela vida ou pela morte da criança. Naquela época o recurso ao abandono funcionava como um modo de fazer morrer uma criança indesejável.
A partir desse momento, assistimos à contextualização técnica do nascimento; o nosso imaginário é povoado de tecnologia, de aparelhos, de saberes técnicos. Por outro lado, vivemos um momento de transição: estamos tentando apagar do imaginário coletivo a figura suprema de mulher/mãe do passado para substituir por uma outra que divide o espaço do nosso imaginário com um outro alguém, o pai. Toda esta transição na vivência da maternidade, na qual se implicam movimentos sociais, culturais e psicológicos é, obviamente, exigente em termos de mecanismos adaptativos do Eu. Para esta exigência nem sempre se conseguem as respostas adequadas; podem, por exemplo, sobrevir conflitos psicológicos que apenas encontram a sua expressão no sintoma psicossomático.

PARA REFLETIR:
Se nos remetermos para os tempos de hoje, o que será que mudou? Naquela época o pai tinha direito de escolha sobre o destino da vida do filho, e agora quando lemos notícias de bebês abandonados em lixeiras, rios, ruas não nos parece tudo igual e que só mudou a época?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dolto, F. (1981). No jogo do desejo. Rio de Janeiro: Imago.
Kitzinger, S. (1978). Mães. Um estudo antropológico da maternidade. Lisboa: Ed. Presença.
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v16n3/v16n3a02.pdf acesso em 10.Jun.2011

Grupo 2:
Letícia Eduarda Wacholz (moderadora), Cristiane Lautert, Andressa Marmitt e Marilene Schmitz

terça-feira, 14 de junho de 2011

Jornal Boca de Rua. Blog?

Pessoal, na aula após a professor ler o texto sobre o jornal Boca de Rua foi perguntado sobre algum site ou blog na internet com o jornal. Pois bem, achei um blog que parece ser do jornal mesmo, oficial, só que as útlimas postagens aconteceram em 2008 e no site da A.L.IC.E. (Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação) não encontrei nada sobre o blog então não sei se desistiram das postagens e qual foi o motivo.
Só achei válido colocar isso aqui porque foi falado em aula se era possível ter algo na internet e se descaractezaria o jornal. E também porque mesmo bem antigas, tem algumas postagens interessantes.

Relacionado a esse assunto encontrei um blog, "rap do mercedez", que aparentemente tem alguma relação com o escritores do jornal e que tem posts atualizados recentemente, no primeiro post já encontrei o nome do jornal.

Segue abaixo o endereço do blog do Buca de Rua, do site da ALICE e do blog "rap do mercedez":

http://bocaderuanainternet.blogspot.com/

http://www.alice.org.br/?page_id=941

http://www.rapdomercedez.blogspot.com/


PS: O texto do trabalho "maior" mais detalhado que a professora mandou postar já foi feito e postado anteriormente (sobre antropologia da religião).


Grupo 9: Ana Cláudia Müller, Andreia Bueno, José Roberto S. C. Sobrinho (moderador), Lindiara Hagemann, Maira Farinon.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ser criança não significa ter infância

O documentário "A invenção da infância", dirigido por Liliana Sulzbach, aborda a infância atualmente. O curta é uma reflexão sobre o que é ser criança no mundo contemporâneo, mostrando que ser criança não significa ter infância. Mostra crianças de classe baixa trabalhando e as de classe alta, que supostamente deveriam ter infância, tendo tantos compromissos quanto um adulto, fazendo com que ficassem desgastadas ao longo do dia. O que fica evidente é que todas elas, independente de classe social, sonham com uma infância a que todos têm direito. Por meio de imagens e da fala de cada criança, ficam presentes em nossa memória os gritos, de amargura ou tristeza em certos casos, de uma alegria incompleta em outros. O contraste é marcante entre meninas que têm hora para tudo (balé, inglês, natação, escola...) aos garotos de mãos calejadas que cortam sisal ou trabalham em pedreiras.

A palavra infância lembra felicidade, época em que não temos preocupações e podemos brincar livremente sem pensar no amanhã. Criança e infância parecem ser sinônimos. Ou, pelo menos, deveriam ser. O conceito da palavra criança surgiu na época do Renascimento, no início da Idade Moderna (entre o final do século XV e o século XVI). Foi um período de crescimento, confiança, antropocentrismo, a crença na humanidade e na sua capacidade. Shakespeare, Galileu, Da Vinci, Cervantes e Hobbes fizeram a ciência, a arte, a literatura, o conhecimento florescer, ao mesmo tempo em que era criado a ideia de infância. A concepção que surgia era de que a infância era ligada a meninos e meninas brincando, rindo, chorando, aprendendo, interagindo. Eles teriam tempo para ler, conhecer histórias e desfrutar dos prazeres da infância.Mas, mesmo com ideias sendo consagradas por pensadores e celebradas em leis, a realidade se manteve afastada daquilo que se previa no papel. O preto no branco não garantia a infância para todas as crianças. Ainda era grande a quantidade de infantes que não frequentava escolas. Também abundavam os menores que ao invés de brincarem tinham que trabalhar nos campos, nas oficinas, no comércio. Na chegada do século XX, era de se esperar que houvesse o encontro definitivo entre criança e infância, afinal o século XX veio acompanhado de avanços sociais, políticos, econômicos e culturais. Mas não foi o que aconteceu; não se pôde afirmar categoricamente que toda criança vive a infância como deveria, com a felicidade de quem pode brincar de boneca ou chutar bola, estar numa sala de aula, alimentar-se dignamente, não ser obrigada a quebrar pedra ou cortar cana. No mundo em que vivemos, algumas famílias têm condições de dar uma infância digna aos seus filhos, outras não. Não são todas as crianças que possuem acesso à escola, aos brinquedos, às amizades. Mesmo essas crianças sentem o peso da modernidade. Vivem uma vida de adulto, com o relógio comandando sua vida. Uma série de compromissos que definem sua rotina diária. Aulas de inglês, balé, tênis, impedem que tenham tempo para brincar. São forçadas a agir e a pensar como adultos. 




Referência

MACHADO, João Luís. A invenção da infância. Disponível em <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1665>. Acesso em 13 jun. 2011





Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli

domingo, 12 de junho de 2011

Conheça o Boca de Rua

“Aos esfarrapados do mundo e aos que nele se descobrem e, assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas, sobretudo, com eles lutam” (PAULO FREIRE, 1983, p.17)

O jornal Boca de Rua é um veículo de comunicação comunitária produzido por moradores de rua da cidade de Porto Alegre desde o ano 2000. Ele é um veículo impresso trimestral, com tiragem de oito mil exemplares. Podem fazer parte do grupo até 30 pessoas em situação de rua, necessariamente maiores de 16 anos, pois quem ainda não atingiu essa idade, não pode vender jornais.
Os moradores de rua são responsáveis pela execução das pautas, pela escrita dos textos, pela escolha das perguntas e pela realização de entrevistas, pela decisão sobre os títulos das matérias e ainda pelas fotografias, tudo isso, claro, com o auxílio dos coordenadores das reuniões.  Os participantes recebem como pagamento pelo trabalho uma cota semanal de jornais a serem vendidos nas ruas da cidade. A cota varia entre 25 e 40 jornais, conforme o período. O valor de cada exemplar é R$ 1,00, somando entre R$ 100 e R$ 160 por mês.
Esses moradores de rua encontram no Jornal um espaço para participação na produção de um veículo de comunicação e buscam apresentar suas opiniões e reivindicações, tornando clara a noção de que a vida nas ruas consiste em dificuldades de sobrevivência física, devido à fome, ao frio e às doenças, e também em dificuldades de relacionamento com o restante da população. Ao mesmo tempo em que apontam seus problemas, procuram se afirmar como seres humanos e cidadãos com capacidade de organização e convivência com os outros grupos sociais. Os meios de comunicação, por sua vez, em geral são pouco tematizados nas reflexões encontradas nas matérias e nas falas dos integrantes.

Referência


ALLES, Natália Ledur. Boca de Rua : representações sociais sobre população de rua em um jornal comunitário.  Porto Alegre> UFRGS, 2010. Monografia (Dissertação de mestrado em Comunicação e Informação), Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2010.





Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli

quarta-feira, 8 de junho de 2011

GRUPO 7: Texto da aula 01.06

A Cultura Chinesa



A cultura Chinesa é muito diferente comparando com aquilo que estamos acostumados a ver aqui no ocidente. Para nós brasileiros, é considerada muitas vezes  estranha e até nojenta pela sua alimentação diversificada, mas também rica em questão de sua religião,cultura, linguagem, conhecida como mandarim.
Se tratando de sua alimentação, é uma das mais peculiáres culinárias mundiais. Sua comida sólida é degustada com pauzinhos chineses conhecidos como k'uai-tzu, e os líquidos com uma colher, normalmente de cerâmica. Quanto aos principais alimentos básicos, o arroz é o carro chefe na região Sudeste do País, enquanto no Norte, onde se planta principalmente trigo, predominam as massas de farinha de trigo. Há centenas de variedades de alimentos de arroz ou trigo. O arroz, por exemplo, pode ser servido cozido, frito ou em forma de sopa, pudim, bolinhos de farinha de arroz, triângulos embrulhados em folha de bambu. Com a farinha de trigo são feitos o pão chinês no vapor, com ou sem recheio, macarrões, pastéis, raviólis e mais uma grande variedade de massas.
O chá é uma bebida popular desde os tempos antigos da China e era considerada uma das sete necessidades diárias (sendo as outras a lenha, o arroz, o óleo, o sal, o molho de soja, e o vinagre). A cultura do chá na China difere dos outros países, em métodos de preparação, degustação e nas ocasiões em que é consumido. Além de bebida, também usado em medicamentos herbários, na culinária chinesa, normalmente e, principalmente em rituais de cura ou em reuniões.
Em questão lingüística, o mandarim é o idioma mais falado do mundo, cerca de 900 milhões de pessoas tem como língua materna, e é um dos idiomas oficias na ONU. Não podemos deixar para traz também a questão da religião que é bem ampla e diversificada.
Desde o início de sua história, os chineses praticam a religião, e o estudo deste é complicado por diversos motivos. Sua religião é considerada sagrada, espiritual, porém não invocam um conceito de Deus, e sim seus deuses mitológicos. Dentro das religiões podemos citar o Confuncionismo, Taoísmo, Sincredismo(cujo elemento comum é professar escolhas múltiplas) e assim surge as religiões populares chinesas. Eles adoram seus antepassados, mantido como convicção e idolatria, Confucionismo, Xamanismo, e Taoísmo. A maioria dos chineses tem uma concepção de Céu e yin e yang. Praticam a astrologia, Feng Shui, e geomancia.
Com a presença de estrangeiros no país, religiões foram introduzidas, como Budismo, Islã, e Cristianismo. Atualmente, a República Popular da China tolera algumas liberdades religiosas e a existência de grupos religiosos ativos. Mas estes grupos ainda são fortemente supervisionados pelo Estado chinês, mais concretamente pelas Associações Patrióticas (ex: Associação Patriótica Católica Chinesa). É ilegal ser membro de Igrejas ou de grupos religiosos que não são controlados por estas Associações Patrióticas.

GRUPO 7: A história dos quilombos



Por volta dos séculos XVII e XVIII, no período de escravidão no Brasil, os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros que estavam na mesma situaçao em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas, que era conhecido como QUILOMBOS. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas. O Qilombo localizado em Pernambuco, certo dia foi invadido pelos holandeses por volta de 1630, e então muitos senhores de engenho acabaram abandonando suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos, e após buscaram abrigo no Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas.

Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares que no ano de 1670, já abrigava em torno de 50 mil escravos. Estes, também conhecidos como quilombolas, costumavam pegar alimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes em regiões próximas; situação que incomodava os habitantes, que fez com que estes fossem combatidos tanto pelos holandeses quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os ser­viços dos bandeirantes.

A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos, e apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi, eles, por fim, foram derrotados.

Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura afro. 
Por volta dos séculos XVII e XVIII, no período de escravidão no Brasil, os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros que estavam na mesma situaçao em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas, que era conhecido como QUILOMBOS. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas. O Qilombo localizado em Pernambuco, certo dia foi invadido pelos holandeses por volta de 1630, e então muitos senhores de engenho acabaram abandonando suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos, e após buscaram abrigo no Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas. 
 
Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares que no  ano de 1670, já abrigava em torno de 50 mil escravos. Estes, também conhecidos como quilombolas, costumavam pegar alimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes em regiões próximas; situação que incomodava os habitantes, que fez com que estes fossem combatidos tanto pelos holandeses quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os ser­viços do bandeirantes. 
A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos, e apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi eles, por fim, foram derrotados. 
Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura afro.

Grupo 7: Tirar da cabeça, minha gente, e botar no papel

 É nessa perspectiva que se fundamenta toda a construção ficcional do filme Narradores de Javé, isto é, um povoado prestes a ter seu vilarejo inundado pelas águas de uma represa, percebe que o único modo de impedir o acontecimento era com transformação do local em um patrimônio da humanidade. Assim os moradores do vilarejo, precisarão narrar suas histórias para “o grande livro da salvação” e demonstrar por meio destas, “grandiosidade” do lugar, no intuito de evitar que o pior aconteça: a desapropriação das terras de Javé para a construção de uma barragem.
O único adulto alfabetizado de Javé, Antônio Biá é o incumbido de recuperar a história e transpor para o papel de forma "científica" as memórias dos moradores.
Mas Biá tinha sido banido de Javé pelos moradores do vilarejo, por ter difamado praticamente todos com fofocas escritas sobre os moradores através de cartas que ajudaram a salvar seu emprego nos Correios locais. Mas no desespero a população acaba o escolhendo para escrever o "livro da salvação", como eles mesmos chamam.
Dando esta oportunidade do escrivão se redimir. A partir daí, Biá passa a ir de casa em casa na região para passar para o papel as lendas guardadas nas cabeças dos moradores de Javé. O único problema é que cada morador conta uma história diferente, e sempre defendendo os interesses de seus antepassados.
Na coleta do primeiro relato "javélico", Biá diz à sua "fonte": "uma coisa é o fato acontecido, outra é o fato escrito". Esse pequeno conjunto de elementos já é suficiente para apontar a isenção e a imparcialidade impossíveis à História e ao historiador. O filme se desenrola com a difícil tarefa para Biá: reunir uma história a partir de cinco versões diferentes - uma multiplicidade de fragmentos, memórias incompatíveis entre si. O personagem se vê entre essa impossibilidade e um futuro/progresso destruidor e irremediável.
O filme é brilhante, ganhou os prêmios principais nos Festivais do Rio e de Recife, onde em ambos o trabalho, não menos magnífico, de José Dumont foi premiado. Dumont é a alma do longa, onde pode treinar toda sua capacidade de improvisação. Praticamente todas as marcantes falas de Biá, como “piaba de silicone”, “tapioca de exu”, “manicure de lacraia”, “pokemon de Jesus”, “omelete de cupim”, “desinteria de tinta”, “um dilúvio bovino”, “clonado de miolo de pão”, entre outras, foram criadas pelo próprio ator.(...).Ao mostrar o confronto entre o progresso e as tradições de um lugarejo, o filme ainda se preocupa em citar o problema das terras em nosso país, onde os primeiros habitantes demarcavam, por si mesmos, a extensão de suas propriedades.

GRUPO 7: A invenção da infância

Com algumas exceções grande parte das pessoas que entram na fase adulta pelo desenvolvimento do seu corpo se seu ciclo não for interrompido, crescemos, amadurecemos, envelhecemos e morremos.
No vídeo “A invenção da infância” podemos observar diferentes culturas e sociedades. O modo como este influencia em suas vidas e no desenvolvimento de uma criança. O curta- metragem aborda duas realidades extremas, duas meninas de classe alta de São Paulo e dois meninos do Sertão, que trabalham em uma pedreira.
O sentimento de pena é inevitável ao ver os pequenos trabalhando, correndo riscos de mutilações e ferimentos por trocados.
Apesar da legislação definir o que é ser crianças e também os direitos  reservados a ela, nem todas as crianças vivem a infância da mesma forma,  “ Nem sempre ser criança é ter direito de viver a infância”  
As diferentes sócias-economias da atualidade determinam a vivência da infância e infelizmente diferenciam as experiências de “ser crianças” em diferentes grupos sociais.
É visível como os hábitos de consumo e competitividade então presentes na sociedade atingindo também as crianças. Nossa esperança é que todas as crianças, quem sabem um dia, possam ser “realmente crianças”.

Antropologia da saúde e a cultura

O termo saúde, enquanto fenômeno humano global, é também objeto de estudo da Antropologia. Para isto devem ser observados dois pontos de vista fundamentais: olhar filosófico sobre a natureza humana onde o Homem é considerado um ser que existe no mundo históricamente; o projeto de aplicar o conhecimento do homem –tanto como criatura que cria a cultura ou ele como própria cultura- na saúde e nas doenças da humanidade com busca por respostas às moléstias  dentro do contexto cultural específico.

Por isso na década de 90 surgiu a necessidade de estudar, por meio da interdisciplinaridade, as relações socio-culturais do homem e suas maneiras de se relacionar com o próprio mundo. Nada mais do que uma análise sobre a origen do homem e reações  diante das doenças, levando em conta suas experiencias num meio hospitalar.

Tendo em vista a ênfase que as Ciências Sociais deram para as questões da saúde pública/coletiva destacando a pessoa, o corpo e a doença, o foco principal deste estudo, é a construção do indivíduo, do corpo e dos sentimentos ligados aos distúrbios da saúde. A antropologia conta com a filosofia, com a sociologia, com a psicologia, com a história e, neste leque de orientações teórico-metodológicas nasce um cuidado com o ser humano.


A preocupação em fundamentar a necessidade da reflexão antropológica no contexto das ciências da saúde e da Medicina é um dos principais objetivos da Antropologia da Saúde. Essa ciência também se preocupa em valorizar a centralidade da pessoa enquanto sujeito cultural e social e prestar cuidados relacionados à saúde. A transmissão e contribuição que a Antropologia Médica, nas suas duas correntes, filosófica e cultural, oferece à Saúde Pública.

A Antropologia da Saúde reconhece o caráter antropológico da Medicina como ciência e como Práxis. Essa ciência aprofunda a consciência e as implicações do ser humano e o compreende como realidade plural, íntegra, destacando a importância das dimensões culturais e sociais no âmbito da Saúde Pública. É um estudo que reconhece as diversidades de olhares sobre o homem na sua relação com a saúde e com a doença, em contexto de multi-culturalidade, como horizonte de compreensão e instrumento de intervenção em Saúde Pública.

Existem três graus de estudos com relação à Antropologia da Saúde. O primeiro grau é o Grau Epistemológico da Antropologia, que é subdividido em quatro: Introdução à Antropologia - Conceitos e Métodos.  Interdisciplinaridade; Antropologia e Antropologias - a especificidade da Antropologia da Saúde. Antropologia Física, Antropologia Cultural e Antropologia Médica; Análise crítica dos reducionismos antropológicos e grandes paradigmas antropológicos da Cultura Ocidental.

 O segundo grau, o grau filosófico, é subdividido em seis: Algumas contribuições fundamentais da Antropologia Filosófica contemporânea. Pluridimensionalidade estrutural constitutiva da Pessoa Humana: relação, corporeidade, interioridade, comunicação, ética, historicidade, indigência, vulnerabilidade, mistério;  A Pessoa Humana sujeito de cultura e à cultura (cultura e culturas) - vivências e representações de saúde e doença, do sofrimento e morte; O Homem entre a evidência e o mistério. O processo de medicalização da vida e da condição humana; A Medicina entre o paradigma humanista e o Tecnocosmos; Modelos de Humanismo emergentes na Medicina e Aplicação Bioética no tratamento de questões primordiais.

 Já o terceiro grau, o grau metodológico, divide-se em três subitens: Antropologia Médica: elementos conceptuais e metodológicos para uma abordagem da saúde e da doença, no âmbito da Saúde Pública Importância dos fatores culturais e sociais na consideração do binômio saúde-doença; Aspectos culturais determinantes da interação médico-doente no processo terapêutico. Incidência dos fatores culturais na Epidemiologia e Definições culturais de anatomia e de fisiologia.


Já estudamos sobre a influência da cultura na vida das pessoas. Quando se trata de saúde, as coisas não são diferentes. Por exemplo, o cansaço, o sono, a fraqueza, a falta de apetite, a febre e a dores de cabeça e no corpo, são sintomas desagradáveis que podem ser interpretados como o signo de estar doente. Ou seja, esses sintomas, quando identificados pelo médico,
ou pelo próprio paciente, representam a doença como uma construção social. As doenças, de um modo geral, são encaradas de modos diferentes por homens e mulheres de um mesmo grupo. Sendo assim, o gênero construiu-se por duas vias: a construção social e de forma relacional.

Quando se trata de problemas de saúde, um fator, que acompanha a evolução e o tratamento de determinados distúrbios, do qual o paciente nutre-se, é o apoio religioso. No entanto, as religiões de tradição conservadora condenam, em sua maioria, os doentes. Elas reforçam a ideia de culpa, afirmando ser a doença um castigo das ordens superiores pela ausência de compromisso de fé do enfermo com a crença. A enfermidade mental é estudada por meio de narrativas, depoimentos, estudos de casos de famílias ou histórias de vida contadas por familiares ou terceiros.

Esse estudo, a partir de narrativas, pressupõe uma forma de conhecimento prático, diferenciado do saber médico. Ele enfatiza a capacidade de expressão e reflexão do enfermo sobre a sua doença. Dessa forma, é possível diagnosticar o problema na fonte patológica e biológica. Porém, é importante diferenciar o conhecimento erudito do popular, já que surgem novas formas de comunicação e aprendizagem.

Em suma, a antropologia da saúde viabiliza práticas entre pensamentos e ações, teorias e experiências de vida dos doentes. Por meio da organização dos símbolos e das categorias das doenças, utiliza o bom senso entre os paradoxos coletivo/indivíduo, vida/morte, ciências médicas/ciências sociais, objetividade/subjetividade. Assim, a antropologia da saúde, procura
desvendar caminhos menos convergentes e construtivismos mais eficientes, num futuro próximo.

Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli