terça-feira, 29 de março de 2011

FUNK RIO - A "evolução" de uma cultura

Não há classe social para o funk, mas se engana em quem pensa que sempre foi assim.

O surgimento do funk no Brasil, veio por volta de 1970 no Rio de Janeiro. Um ritmo que embalava somente a favelados, mais tarde passou a embalar todas as classes sociais brasileiras, mas é claro que há muito preconceito por parte de algumas delas, ou melhor, pela maior parte.

Muito mudou desde que foi feito o documentário FUNK RIO, os bailes, letras, ritmo e a própria dança, são as mudanças mais perceptíveis, porém a essência continua lá. Nos bailes Funk, principalmente nos de Rio de janeiro, havia uma divisão de guangues ou grupos que se formavam de acordo com o local que moravam na favela. O ritmo era mais de "batidão", mistura de rap com o funk atual. A dança era parecida, porém havia mais coreografia entre os funkeiros do baile, entre passos e gestos. 

Em Santa Cruz do Sul, o funk é um estilo de música muito facil de encontrar. Várias casas noturnas da região tocam o ritmo em festas e confraternizações.

Para pegar alguns pontos de vista, nesta postagem, daremos nossa opinião sem fazer a junção das idéias, para que fique claro o que cada um pensa a respeito do estilo musical.

Opinião pessoal sobre o Funk (Gustavo Gerhard): "O Funk é muito difamado pela sociedade, dou muita razão em certos pontos e discordo em outros. O baile funk carioca é realmente um lugar onde o tráfico e violencia, digamos que é a marca da "festa". Mas quem faz a violencia acontecer não é o ritmo e sim os marginais que frequentão os bailes. 
As casas noturnas de Santa Cruz tocam funk e agitam toda a massa. No momento que o funk sai da favela e as pessoas que vão as boates não são as mesmas do baile funk, o funk ganha outro sentido, outra forma. Para mim, o preconceito com quem gosta de funk é injusto neste ponto. Mas dai vai da consiencia de cada um. Na minha opinião não há batida melhor que a de funk e sem duvida o melhor ritmo musical para dançar é o já tão falado FUNK."

Opinião pessoal sobre o Funk (Eduardo Mesquita): Provavelmente o momento mais alegre de uma festa hoje em dia será a hora em que começar a tocar funk, isso é fato. Eu nunca fui muito fã da música Funk, mas não vou negar que há alguns anos atrás eu dançava junto com meus colegas em alguma festa, simplesmente pela integração que o ritmo proporcionava. Tinhamos ótimas letras e muitas com conteúdo, infelizmente nesse sentido houve muita decadencia ao meu ver, hoje em dia qualquer um inventa 3 palavras e misturado a um ritmo, muitas vezes já existente, se torna um hit. Sem contar na vulgarização, o funk é um estilo de música que expõe a sexualidade, mas ultimamente isso tem ficado fora de controle, muitos grupos simplesmente esquecem a cultura que um dia o Funk foi e apenas fazem uma música obscena com mulheres semi-nuas para chamar a atenção. Concluíndo, o Funk já foi muito bom tanto para escutar em casa como para dançar com amigos em uma balada, porém isso se perdeu e muitos que gostavam antigamente começaram a odiar devido ao "novo" estilo, fazendo assim a atual má fama e preconceito contra tal música.

Grupo Eduardo Mesquita (Moderador), Gustavo Gerhard e Diego Dettenborn

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